A maioria das lavouras no Estado encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo) e 6% na fase de floração. Nesta safra, a área inicialmente estimada pela Emater/RS-Ascar para o cultivo do trigo é de 739,4 mil hectares.

A área de cultivo de trigo no Rio Grande do Sul corresponde a 37% da área de plantio brasileira com o grão. Na regional da Emater/RS-Ascar de Ijuí (30% da área do Estado), que engloba os Coredes Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial, a cultura apresenta excelente desenvolvimento, com lavouras uniformes e bom perfilhamento. No entanto, as plantas apresentam coloração amarelada e incidência de oídio em áreas onde o agricultor não observou a rotação de culturas, implantando sucessivamente o trigo.

Algumas lavouras apresentam stand de plantas um pouco acima do ideal. Persistem focos localizados de lagarta-rosca (lagarta de solo). Os produtores finalizaram a aplicação da adubação em cobertura e seguem no monitoramento de doenças e na aplicação de fungicidas quando necessário. As lavouras evoluem rapidamente para o estádio de alongamento do colmo, iniciando a emissão da espiga e concomitantemente a floração. Em 93% da área de 221 mil hectares, a cultura encontra-se na fase de desenvolvimento vegetativo (final do estádio de perfilhamento e iniciando elongação) e 7% em início da floração.

Na regional de Santa Rosa (27% da área de trigo do Estado), que compreende os Coredes Fronteira Noroeste e Missões, 92% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo (iniciando a elongação), 7% em floração e menos de 1% em enchimento de grãos.

Os produtores vêm realizando a segunda aplicação de adubação em cobertura nas lavouras em perfilhamento e aplicações de fungicidas nas lavouras em espigamento de forma preventiva para a giberela; até o momento, não ocorreu incidência de doenças foliares.

No geral, as lavouras se desenvolvem bem, mas os produtores receiam a possibilidade de geadas na semana, visto que na região já há lavouras em floração. Os municípios de maior área cultivada com trigo na região são Giruá, com estimativa de cultivo de 23 mil hectares (100% na fase de desenvolvimento vegetativo), São Luiz Gonzaga (100% na fase de desenvolvimento vegetativo) e São Miguel das Missões (85% na fase de desenvolvimento vegetativo e 15% em floração), em 18 mil hectares de cultivo cada município.

Na regional de Frederico Westphalen (14% da área no Estado), que corresponde aos Coredes Rio da Várzea e Médio Alto Uruguai, em 92% das lavouras o trigo está em desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento do colmo), 7,5% em início da floração e 0,5% delas encontra-se na fase de enchimento do grão.

Algumas doenças fúngicas, tais como bacteriose e manchas foliares, apareceram de forma pouco expressiva no início de ciclo, e pontualmente os agricultores fizeram o controle. Ocorreram ataques de lagartas no início do ciclo em algumas lavouras, que contribuíram também para a desuniformidade de lavoura. Os agricultores realizam aplicação de fungicidas preventivos em lavouras plantadas no final do período de zoneamento e também aplicação de adubação em cobertura.

A cultura do trigo na região apresenta bom aspecto visual. Na regional de Passo Fundo (6,5% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Produção e Nordeste, a cultura está com 99% na fase de desenvolvimento vegetativo e 1% em floração. Os produtores realizam a aplicação de adubação em cobertura e monitoramentos de pragas e doenças, realizando controle quando necessário.

O desenvolvimento da cultura é considerado bom, favorecido por boa umidade do solo e pela temperatura favorável. Destaque para o município de Lagoa Vermelha (com quatro mil
hectares), cujo rendimento em 2018 foi de 3,6 toneladas por hectare.

Na regional de Santa Maria (5,5% da área do Estado), que engloba os Coredes Central, Vale do Jaguari e Jacuí Centro, as temperaturas baixas e os dias ensolarados continuaram nesta semana e favoreceram o desenvolvimento da cultura. Em 83% da área,  as lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento de colmos), 14% no início da floração e 2% na fase de enchimento do grão.

Na região, as maiores áreas estão situadas em Tupanciretã, com 14,8 mil hectares; Santiago, com 5,5 mil hectares; e Júlio de Castilhos e Capão do Cipó, com estimativa de cinco mil hectares de área cultivada com trigo em cada município. Destacam-se as lavouras do município de Júlio de Castilhos, com 60% na fase de floração e 20% em início da fase de enchimento do grão.

Na regional de Bagé (5,1% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Campanha e Fronteira Oeste, 93% das lavouras encontram-se na fase de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e alongamento dos colmos) e 7% na fase de floração. Os municípios com maior estimativa de área cultivada são os seguintes: São Borja, com 13 mil
hectares; Itaqui, com seis mil hectares; São Gabriel, com quatro mil hectares de área cultivada com a cultura do trigo.

Destaque para as lavouras localizadas em Itaqui e São Gabriel que apresentam, respectivamente, 10 e 30% na fase da floração. Na regional de Caxias do Sul (4% da área do Estado), que corresponde aos Coredes Serra, Campos de Cima da Serra e Hortênsias, as lavouras cultivadas em municípios de  menor altitude na região da Serra se encontram na fase de alongamento e em algumas outras, tem início a emissão da espiga.

Já nos municípios dos Campos de Cima da Serra, onde se concentra mais de 90% do trigo da região de Caxias do Sul, as lavouras estão em fase de perfilhamento. Nessa região, os produtores enfrentaram dificuldades na aplicação de adubação em cobertura pela baixa umidade do solo, situação que deve ser amenizada com a previsão de chuvas para esta semana. Em geral as lavouras apresentam bom aspecto fitossanitário, sem maiores problemas quanto a pragas e doenças, o que mantém a expectativa de safra com altos rendimentos e boa qualidade de grão.

Os Campos de Cima da Serra têm histórico de colheitas com qualidade e produtividade acima da média do Estado, de 2,46 toneladas por hectare. Na safra de 2018, por exemplo, a média foi de 4,2 toneladas por hectare em Muitos Capões; de 3,3 toneladas por hectare em Vacaria; 3,6 toneladas por hectare em Esmeralda e de 3,3 toneladas por hectare em Campestre da Serra.

Na regional de Erechim (com 3,3% da área do Estado), que corresponde ao Alto Uruguai, as lavouras de trigo estão na fase de desenvolvimento vegetativo. De modo geral, encontram-se com bom desenvolvimento, e alguns produtores realizam tratos culturais, tais como a aplicação de adubação em cobertura e o controle de doenças.

Em 99,5% das lavouras da região, a fase é de desenvolvimento vegetativo e 0,5% em floração. Na regional de Soledade (com 3% da área com trigo no Estado), que engloba os Coredes Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, o quadro climático predominante da semana foi favorável para a cultura.



 

A combinação de luminosidade solar, temperaturas amenas e umidade do solo adequada propiciou condições para o bom crescimento e desenvolvimento da cultura, sobretudo naquelas lavouras manejadas com boa tecnologia.

Em 98% das lavouras da região, a fase é de desenvolvimento vegetativo (perfilhamento e elongação do colmo) e 2% delas estão em floração. Na região, há casos pontuais de ataque
da Spodoptera (lagarta-do-cartucho). Em determinadas lavouras, mesmo com a aplicação de inseticidas, as perdas com esse inseto podem chegar a 50% da área cultivada. Lavouras com variedades suscetíveis apresentam oídio, em outras ocorrem manchas foliares, e a ferrugem apareceu em menor grau, sendo necessário o uso de fungicidas.

Mercado (saca de 60 quilos)

O preço médio semanal no Rio Grande do Sul foi de R$ 41,43/sc., valor 0,05% superior ao da semana anterior, segundo o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar. Na regional de Ijuí, os preços praticados ficaram entre R$ 40,50 e R$ 43,00/sc. Em Santa Rosa, o preço médio foi de R$ 40,97/sc. para trigo com pH 78. Na região de Caxias do Sul, o trigo foi comercializado a R$ 42,00/sc. para pH 78.

O preço médio recebido na regional de Passo Fundo foi de R$ 41,00/sc. e na regional de Erechim ficou em R$ 41,00/sc. O trigo em grão tipo 1 (pão) com pH 78, safra 2019-2020 para a região Sul tem como preço mínimo R$ 40,57/sc., estabelecido pela Portaria nº 31, de 11/03/2019.

Fonte: Emater/RS

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