As cotações do milho no mercado futuro de São Paulo fecharam novamente em alta nesta segunda-feira. O contrato de setembro fechou em alta de 0,23%; novembro em alta de 0,25%; janeiro em alta de 0,41%; março em alta de 0,32%, maio em alta de 0,30%, julho fechou estável e setembro em alta de 0,30%.
O mercado do milho começou a semana em alta na esteira das preocupações com o milho de exportação, cuja demanda continua em alta. Com Chicago subindo e o dólar subindo, a competitividade com o mercado interno aumentou e os grandes compradores tiveram que reagir, para garantir o seu quinhão de matéria-prima, como vem acontecendo durante todo oeste mês.
Por isto, os preços do mercado interno já subiram 1,65% no mês até o momento, enquanto os preços da soja estão caindo. A chave da exportação e da disponibilidade interna é o Paraná, que é grande produtor, grande consumidor e pequeno exportador de milho. Sei quadro de oferta e demanda está muito apertado, quase negativo e isto incrementa os preços.
Chicago: Cotações do milho subiram mais que a soja nesta segunda
O mercado de futuros do milho em Chicago fechou em alta de 5,2 cents/bushel, nesta segunda-feira, com dezembro a $ 374,0 (368,75). O mercado de milho “despertou”, foi o comentário em Chicago e avançou US$ 2,0/tonelada. Os principais fatores de alta foram a alta dos preços do petróleo, e a possível deterioração das culturas do milho nos EUA.
Sobre o primeiro fator, o preço do petróleo avançou com firmeza depois dos ataques a instalações da Arábia Saudita, o que poderia afetar 5% do abastecimento mundial. Não se descarta a possível intervenção dos EUA na região (pelo menos o mercado pensa e reage assim).
Com respeito à evolução dos cultivos do milho nos EUA, uma pesquisa da Reuters antecipou que os analistas estariam aguardando, em média, uma redução no percentual de lotes em condições boas/excelentes em relação à semana anterior, um ajuste de 55% para 54%.
Na verdade o relatório do USDA que saiu depois do pregão manteve o mesmo percentual de 55%, mas um pouco alterado: o excelente subiu de 10% para 11% e o bom, caiu de 45% para 44%, deixando entrever uma pequena queda no início do pregão desta terça-feira.
Já o relatório semanal de inspeções de exportação registrou remessas de milho na primeira semana completa do abo comercial de 2019/20 em 421.803 toneladas, o que foi 31, 9% menor do que a semana anterior e menos da metade da mesma semana em 2018.
Fonte: T&F Agroeconômica