O mercado brasileiro de soja teve uma semana de movimentação pontual e de preços sob pressão. A forte queda dos contratos futuros em Chicago e a estabilidade do dólar frente ao real pesaram sobre as cotações, mantendo compradores e vendedores afastadados.

A saca de 60 quilos recuou de R$ 116,00 para R$ 115,00 em Passo Fundo (RS) entre o dia 16 e a manhã da sexta, 23. No mesmo período, a cotação passou de R$ 109,00 para R$ 108,00 em Cascavel (PR). Em Rondonópolis (MT), o preço subiu de R$ 101,00 para R$ 104,00.

No Porto de Paranaguá, a saca baixou de R$ 118,00 para R$ 116,00. Os prêmios de exportação são pressionados pelo avanço da colheita, aumentando a oferta. Mas há a expectativa de retorno dos compradores chineses, limitando a queda.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento me março, os mais negociados, atingiram os menores níveis em três anos. A posição acumulava desvalorização semanal de 2,26% até a manhã da sexta, cotada a US$ 11,45 3/4 por bushel.

Os fundamentos seguem pressionando Chicago. A entrada da volumosa safra sul-americana e a melhora do clima nesta semana determinam as vendas por parte de fundos e especuladores. Completando o quadro, a demanda é fraca pela soja americana neste momento.

Mesmo menor do que esperado inicialmente, a produção brasileira deverá ficar em torno de 150 milhões de toneladas. A Argentina, sem os problemas climáticos da temporada passada, deve colher ao menos 50 milhões de toneladas. Paraguai e Uruguai também apresentam boa oferta.

Nos Estados Unidos, as sinalizações iniciais são de ampliação da área a ser plantada. Sem problemas meteorológicos, o viés é de aumento na produção e nos estoques americanos na temporada 2024/25.

Autor/Fonte: Dylan Della Pasqua  / Agência SAFRAS

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Autor:Agência SAFRAS

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