Uma equipe da Universidade de Buenos Aires confirmou a resistência do fungo causador da doença da mancha bronzeada (Drechslera tritici-repentis) em trigo às estrobilurinas. Os fazendeiros vinham alertando sobre a persistência de algumas doenças causadas por fungos após um ou dois tratamentos com fungicidas.
A equipe conduzida pelos fitopatologistas Marcelo Carmona e Francisco Sautua coletou amostras de fazendas suspeitas onde a ineficiência dos fungicidas foi reivindicada.
As amostras foram coletadas na província de Buenos Aires, a grande produtora de trigo do país. As amostras foram testadas com a aplicação de 100 µg/mL de cada uma das moléculas mais comuns utilizadas pelos agricultores: azoxistrobina, piraclostrobina e trifloxistrobina.
Os pesquisadores usaram uma dose alta do principio ativo para discriminar facilmente entre cepas suscetíveis e resistentes. Noventa por cento das amostras cresceram nesta dose, confirmando a resistência.
O estudo molecular mostrou que todas as cepas de resistência tinham a mutação G143A, o que confere uma forte resistência às estrobilurinas.
Os pesquisadores também testaram a resistência dos fungos ao triazol, expondo-os a uma dose de 60 µg/ml. Nesse caso, eles descobriram que alguns isolados mostraram crescimento em alguns princípios ativos. Para os demais, a dose experimental inibiu cento por cento dos isolados. “Devido à resistência dos triazóis é um processo mais complexo, este trabalho ainda está em estúdio”, concluem os pesquisadores.
Fonte: Adaptado de eFarmNewsAr