A falta de chuvas em Goiatuba, no sul de Goiás, completa hoje duas semanas e segue impedindo o término das atividades de plantio na área estimada de 73 mil hectares. Conforme informações da Emater local, resta cerca de 10% da área para ser cultivada.

De acordo com o engenheiro-agrônomo Alceu Marques Filho, a última chuva ocorreu no dia 18 de novembro e de lá para cá a situação das lavouras foi piorando com as altas temperaturas e o clima seco. “As lavouras sentem até mesmo o calor à noite, o que impede a planta de respirar e retarda o desenvolvimento. Há algumas previsões de chuvas nos dias 5 e 6. Se não houver bem, as perdas serão inevitáveis”, comenta.

No momento, Alceu destaca que as lavouras estão nas fases de crescimento vegetativo (90%) e floração (10%), com um aspecto regular. “O calor tem favorecido a propagação da lagarta elasmo, o que é uma preocupação adicional aos produtores, além do aumento nos custos de produção, com a necessidade de aplicação de produtos para o controle das pragas”, sinaliza. No momento, a produtividade média segue estimada em 4.200 quilos por hectare, pode ser revista se a situação climática não melhorar.

O mais recente levantamento de SAFRAS & Mercado estima uma área cultivada para o estado de Goiás de 3,795 milhões hectares de soja na safra 2020/21, alta de 3,4% ante os 3,670 milhões de hectares registrados na safra anterior (2019/20). Até o dia 27 de novembro, segundo levantamento de SAFRAS & Mercado, cerca de 88% da área no estado havia sido plantada, contra 85% no mesmo período do ano passado. A média normal para o período é de 91,4%.

A produção deverá atingir 13,594 milhões de toneladas, 0,1% acima das 13,584 milhões de toneladas colhidas na safra 2019/20. O rendimento médio deve ficar em 3.600 quilos por hectare, abaixo dos 3.720 quilos colhidos na temporada passada.

Fonte: Agência SAFRAS

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