De acordo com os dados divulgados pelo USDA, a semeadura de milho nos Estados Unidos encerrou a terceira semana com 27% da área estimada para a safra 20/21. Assim, os trabalhos a campo avançaram 20 p.p. nos últimos sete dias e ficaram 15 p.p. a frente do percebido no mesmo período do ano passado, quando as chuvas atrapalharam a semeadura.

Já segundo o NOAA, as previsões climáticas para o próximo mês são positivas para o cultivo, indicando uma menor probabilidade de chuva e favorecendo um avanço ainda maior dos trabalhos a campo nas próximas semanas.

Embora o cenário otimista, com o recuos do cereal na CME-Gorup e as preocupações com o preço do petróleo, podem ocorrer revisões na área a ser plantada no país norte-americano, com produtores preferindo o cultivo da soja, apesar de o planejamento da safra já ter sido realizado.

Confira os principais destaques do boletim:

• A cotação do milho em Chicago, representado pelo contrato CME-Group corrente, fechou a semana em queda de 1,35% ante a semana anterrior, cotado na média de US$ 3,19/bu;

• Os prêmios no porto de Paranaguá recuaram 7,26% na média do comparativo semanal, fechando em US$0,58/bu diante da menor demanda pelo cereal;

• O dólar, diante dos acontecimentos políticos dos últimos dias, fechou em alta com média semanal de R$ 5,47/US$,variação de +4,75% em relação a semana passada;

• A base MT-CME aumentou 264,19% e finalizou a média semanal com diferença de -R$1,44/sc ante a semana passada, refletindo a maior queda na cotação em Chicago, influenciada pelo recuo nos preços de petróleo por lá.

Queda à vista?

Nas últimas semanas o preço do milho vem sofrendo pressão com o atual cenário para o consumo do cereal. A redução da demanda devido à menor competitividade do etanol e às incertezas dos pecuaristas de confinamento quanto à diminuição da produção influenciou os preços nas últimas semanas.

No entanto, apesar do recuo nas cotações do cereal em MT, a menor disponibilidade do grão no estado possibilitou a sustentação dos preços em comparação ao indicador Cepea, o qual foi influenciado pela oferta da primeira safra no país.

Assim. de acordo com os dados do Imea, a desvalorização no preço em MT no último mês foi de 5,36%, inferior aos 19,61% de queda apresentados pelo indicador Cepea para o mesmo período.

Como o estado passa por um momento de escassez do produto, espera-se que os preços do milho recuem próximo da colheita, devido à sazonalidade característica do período. Porém, a desvalorização que começa a ser vista em outros locais do país pode impactar Mato Grosso antes disso.

Fonte: Imea

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