InícioDestaquePreços da soja se mantém firme em novembro, mas negócios são escassos

Preços da soja se mantém firme em novembro, mas negócios são escassos

Os preços da soja acumularam pequena valorização no mercado doméstico brasileiro durante o mês de novembro, marcado pela lentidão nos negócios. Os produtores, bem capitalizados, focaram no plantio da nova safra e aproveitaram apenas os momentos de pico para comercializar.

A saca de 60 quilos subiu de R$ 83,00 no começo do mês para R$ 84,00 no dia 31 em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço aumentou de R$ 82,00 para R$ 82,50. Em Paranaguá, a cotação avançou de R$ 87,50 para R$ 88,00.

Em Rondonópolis (MT), a saca passou de R$ 78,50 para R$ 79,50. Em Dourados (MT), o preço saltou de R$ 79,00 para R$ 80,50. Em Rio Verde (GO), a cotação abriu e fechou o mês na casa de R$ 80,00.

No mercado futuro de Chicago, o principal referencial para a composição dos preços internacionais da soja, os contratos com vencimento em janeiro tiveram valorização de 1,37%, encerrando o mês cotados a US$ 9,32 ¼ por bushel.

No balanço de outubro, a retomada das compras chinesas no mercado americano garantiu a sustentação das cotações. A proximidade de um acordo comercial entre os dois países e os problemas com o desenvolvimento da safra dos Estados Unidos formaram um cenário altista para as cotações da oleaginosa.

Já o câmbio, outro ponto importante para a formação das cotações domésticas, teve desempenho negativo. As perspectivas mais favoráveis no âmbito internacional e a aprovação da reforma da previdência no Brasil provocaram uma queda de 3,42% no mês, com a moeda fechando a R$ 4,014, após atingir níveis inferiores a R$ 4,00.

Safra

Em relação à safra brasileira, o plantio vai avançando dentro da média para o período. No último dia 25, o total semeado era de 30,7%, segundo SAFRAS & Mercado, atrasado na comparação com 2018 – 44% -, mas adiantado no comparativo com a média de 28,7%.

As expectativas são favoráveis.  Os produtores brasileiros de soja deverão cultivar 36,942 milhões de hectares em 2019/20, a maior área da história, crescendo 1,5% sobre o total semeado no ano passado, de 36,384 milhões. A projeção faz parte do mais recente levantamento de SAFRAS & Mercado.

No relatório de intenção de plantio, divulgado em julho, a área estava estimada em 36,631 milhões de hectares, o que representava uma expansão de 0,8% na semeadura.

Com uma possível elevação de produtividade, de 3.296 quilos para 3.421 quilos por hectare, a produção nacional deve ficar acima da obtida nesta temporada. A previsão inicial é de uma safra de 125,754 milhões de toneladas, 5,4% maior que as 119,306 milhões obtidas neste ano.

Na avaliação do analista de SAFRAS, Luiz Fernando Roque, a mudança no contexto fundamental do mercado brasileiro de soja nos últimos dois meses, com elevação nos preços e consequente melhora na rentabilidade do produtor, incentivou um maior crescimento da área a ser destinada à oleaginosa frente à intenção de plantio de julho.

Fonte: Agência SAFRAS


Equipe Mais Soja
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