As altas semanais acumuladas nos preços internacionais e no câmbio permitiram a manutenção da firmeza das cotações domésticas nesta terceira semana do mês de outubro. Na média do CIF de São Paulo, a pluma brasileira chegou à sexta-feira (18) cotada a R$ 2,51 por libra-peso, retornando aos níveis praticados no final do último mês de julho e acumulando alta semanal de 0,8%. Comparado ao mesmo período do mês passado, os ganhos acumulados chegam a 2,3%. E, frente à igual momento do ano passado, a queda recuou para 16,89%.

Conforme o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, é interessante destacar que, mesmo com a elevação dos preços praticados no mercado domésticos, o produto brasileiro vem ganhando competitividade. Convertendo os valores negociados na Bolsa de Nova York (Ice Futures) para reais, a pluma norte-americana era indicada a R$ 2,71 por libra-peso na manhã desta sexta-feira (18), se elevando 3,4% e 11,0% em relação ao mesmo período da semana e do mês anterior. “Isso mostra um encarecimento do produto do maior concorrente em relação ao nacional”, pondera.

No FOB do porto de Santos a indicação no início desta sexta-feira (18) era de 62,23 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), recuando 0,39% em relação à indicação do fechamento da semana anterior e 4,92% inferior à indicação do contrato de dezembro na Ice Futures de Nova York. Há uma semana, era 3,22% inferior; há um mês, 2,34% superior; e há um ano, 4,54% mais alto.

Essa melhora da competitividade foi mais uma vez atestada pelo índice CIF Bremen – divulgado na última quarta-feira – que mostra a fibra brasileira como a mais acessível colocada no porto alemão. A indicação foi de 77,50 centavos de dólar por libra-peso (c/lb), contra 79,50 c/lb da norte-americana.

“Considerando que o Brasil possui um saldo recorde de produção em relação ao consumo na atual temporada, a manutenção dessa atratividade externa é imprescindível”, lembra Bento. O ritmo das exportações tem sido bom. Até o final da segunda semana de outubro, os embarques acumulados na temporada foram de 425,9 mil toneladas, se elevando 105% em relação às 207,8 mil toneladas exportadas em igual momento da temporada anterior.

Fonte: Agência SAFRAS


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