O mercado brasileiro de milho deve registrar preços firmes nesta terça-feira. Além das preocupações com a falta de chuvas em áreas de safrinha, o temor com relação a perdas por geadas nos próximos dias deve fazer com que os produtores reduzam a oferta do cereal, o que deve garantir sustentação aos preços. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera com ganhos, se recuperando das perdas registradas ontem.

Chicago 

A posição julho opera com alta de 1,75 centavo, ou 0,55%, cotada a US$ 3,17 1/4 por bushel.

Em sessão marcada por grande volatilidade, o cereal chegou a ter perdas em meio à boa evolução do plantio nos Estados Unidos, que ficou acima do esperado por analistas, e a menor demanda pelo cereal em virtude do coronavírus. Mais próximo do intervalo, contudo, o mercado reverteu para o território positivo, avaliando a alta do petróleo.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou relatório sobre a evolução do plantio das lavouras de milho. Até 3 de maio, a área plantada estava estimada em 51%. Em igual período do ano passado, o número era de 21%. Na semana passada, os trabalhos cobriam 27% da área. A média para os últimos cinco anos é de 39%.

Ontem (4), os contratos de milho com entrega em julho fecharam a US$ 3,15 1/2, com baixa de 3,00 centavos, ou 0,94%, em relação ao fechamento anterior.

Câmbio 

O dólar comercial registra baixa de 0,25% a R$ 5,510.

Indicadores financeiros 

  • As principais bolsas da Ásia não operam hoje por feriado. Hong Kong subiu 1,08% e Jacarta teve alta de 0,54%. Tóquio e Xangai não abriram.
  • As principais bolsas na Europa operam em alta. Paris, +1,54%; Frankfurt, +1,49%; Londres, +1,78%.
  • O petróleo opera com ganhos. Junho do WTI em NY: US$ 23,01 o barril (+12,89%).
  • O Dollar Index registra alta de 0,3%, a 99,78 pontos.

Mercado 

O mercado brasileiro de milho abriu a semana com preços de estáveis a mais altos. A forte alta do dólar e as preocupações com o clima nas regiões produtoras do Brasil, com tendência de forte queda nas temperaturas, garantiu sustentação ao mercado.

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, O mercado iniciou a semana pouco ofertado. “O real altamente desvalorizado, além da previsão de geadas entre os dias 07 e 08 no Oeste do Paraná, Paraguai e sul do Mato Grosso do Sul afastou os produtores do mercado”, comenta o analista.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 47,50 e R$ 50,00 a saca. No Porto de Paranaguá (PR), preço entre R$ 46,00 e R$ 50,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 45,00/47,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 48,50/50,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 0,50/52,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 46,00/48,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 42,00/44,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 41,00 – R$ 42,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 42,00/43,00 a saca em Rondonópolis.

Fonte: Agência SAFRAS

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