Ato nº 32 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta sexta-feira (23) no Diário Oficial da União, traz o registro de 51 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, 17 são considerados de baixo impacto ou de base biológica.

Dos produtos registrados hoje, cinco deles são de princípios ativos inéditos no Brasil, sendo três de origem biológica, que podem ser utilizados na agricultura orgânica, e dois de origem química.

Os três produtos biológicos novos (Neoseiulus barkeri, Neochrysocharis formosaNeoseiulus idaeus) foram registrados com base em Especificação de Referência (ER) e podem ser utilizados em qualquer sistema de cultivo.

Neoseiulus barkeri, é o primeiro produto no Brasil registrado para controle do ácaro vermelho das palmeiras (Raoiella indica), uma das principais pragas dos coqueiros. O mesmo produto, que foi registrado com base na ER 45, poderá ser recomendado também para o controle do ácaro branco (Polyphagotarsonemus latus).

“Apesar de termos opções de produtos químicos para controle do acaro branco, esse é o primeiro produto biológico para controle dessa praga”, explica o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, Bruno Breitenbach.

O parasitoide Neochrysocharis formosa também se destaca por ser o primeiro produto biológico registrado com base na ER 44. Até o momento, os produtores só contavam com produto químico para controle de larva minadora (Liriomyza sativae).

Já o defensivo biológico Neoseiulus idaeus, registrado com base na Especificação de referência nº 46, é recomendado para controle de ácaro rajado (Tetranynchus urticae). Apesar de existirem outros produtos biológicos para controle dessa praga, esse produto é mais uma alternativa controle com baixo impacto.

Em relação aos produtos químicos, um dos ingredientes ativos novos é o ciclaniliprole. Ele foi registrado para controle da lagarta de Helicoverpa armigera nas culturas de algodão, milho e soja. O produto também serve para o controle da mariposa-do-café (Leucoptera coffeella) na cultura do café, e da broca-pequena-do-fruto (Neoleucinodes elegantali) e traça-do-tomateiro (Tuta absoluta) no tomateiro.

O outro é a isofetamida, fungicida para controle do mofo-branco (Sclerotinia sclerotiorum) nas culturas de soja, feijão, batata, tomate e alface. O produto também é indicado para controle de mofo-cinzento (Botrytis cinérea) em cebola e uva, e de sarna da macieira (Venturia inaequalis) na cultura da maça.

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.



Fonte: MAPA

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