Compreender a relação entre o solo, a água, a planta e a atmosfera é essencial para a tomada de decisões visando altas produtividades com o menor impacto ambiental. Sabe-se, durante o ciclo de desenvolvimento das plantas, a produção de biomassa e grãos depende da disponibilidade de nutrientes no sistema de produção. Os solos ácidos (como os do Brasil) são desbalanceados pelo seu processo de formação e não possuem a capacidade natural de fornecer as quantidades necessárias de nutrientes para suprir a demanda do milho. Por isso, torna-se necessário realizar a calagem.

Calagem

A calagem é uma prática de manejo realizada com dois objetivos principais: 1) reduzir as concentrações de elementos tóxicos como o alumínio (Al) e o manganês (Mn) e 2) aumentar o pH do solo, o que auxiliará na disponibilidade de nutrientes e no desenvolvimento das raízes da planta.

Os maiores efeitos da acidez do solo como limitante da produtividade da cultura do milho ocorrem quando o pH do solo é inferior a 5,5 na camada de 0 a 20 cm. Com dados de 285 lavouras de milho do Rio Grande do Sul e Santa Catarina,obtidos entre as safras 2017/2018 e 2021/22, foi identificado que a cada 0,1 de pH em água abaixo de 5,5, houve uma redução de 560 kg ha-1 ou 9,3 sc ha-1 na produtividade de grãos de milho (Figura 1).

Figura 1. Relação entre a produtividade de grãos de milho e o pH do solo. Os círculos cinzas representam as 285 lavouras acompanhadas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina durante a primeira safra de 2017/18 e 2021/22.

No entanto, o monitoramento frequente por meio da análise de solo e de estratégias de aplicação de calcário é necessário para manter o pH do solo em condições favoráveis para o ótimo desenvolvimento da cultura.

Referências Bibliográficas

PILECCO, I. B. et. al. ECOFISIOLOGIA DO MILHO VISANDO ALTAS PRODUTIVIDADES. Santa Maria, ed. 2, 2024.



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