Com o feriado nos Estados Unidos e com o dólar caindo mais de 1% neste momento, o mercado brasileiro de soja deve iniciar a semana travado e com cotações entre estáveis e mais baixas. Bem capitalizado, o produtor evita negociar nesse momento.

Oferta e Demanda 

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 77,5 milhões de toneladas em 2020, subindo 5% sobre o volume de 2019, projetado em 74,038 milhões de toneladas. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro, divulgado por SAFRAS & Mercado.

No quadro de abril, a estimativa para 2020 era de 73 milhões de toneladas. “O aumento na projeção é reflexo da demanda chinesa acima do normal no primeiro semestre do ano, bem superior ao esperado”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque.

SAFRAS indica esmagamento de 43,5 milhões de toneladas em 2020 e de 43 milhões de toneladas em 2019, representando um aumento de 1% entre uma temporada e outra.

Em relação à temporada 2020, a oferta total de soja deverá subir 4%, passando para 125,819 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por SAFRAS em 124,3 milhões de toneladas, crescendo 3% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 58%, passando de 960 mil para 1,519 milhão de toneladas.

SAFRAS trabalha com uma produção de farelo de soja de 33,103 milhões de toneladas, com aumento de 1%. As exportações deverão cair 1% para 16,5 milhões de toneladas, enquanto o consumo interno está projetado em 16,6 milhões, aumento de 1%. Os estoques deverão ficar praticamente inalterados em 1,192 milhão de toneladas.

A produção de óleo de soja deverá ficar em 8,68 milhões de toneladas. O Brasil deverá exportar 700 mil toneladas, com queda de 26% sobre o ano anterior. O consumo interno deve subir de 7,75 milhões para 8,1 milhões de toneladas. A previsão é de recuo de 33% nos estoques para 143 mil toneladas.

Chicago 

Não há sessão hoje na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), devido ao Memorial Day, feriado nos Estados Unidos.

Prêmios 

O prêmio em Paranaguá para junho ficou em 75 a 85 pontos acima de Chicago. Para julho, o valor é de 95 a 100 pontos acima.

Câmbio 

O dólar comercial registra baixa de 1,09% a R$ 5,513.

Indicadores financeiros

  • As principais bolsas da Ásia fecharam em alta. Xangai, +0,15%. Tóquio, +1,73%.
  • As principais bolsas na Europa operam com ganhos. Paris, +1,44%; Frankfurt, +2,20%; Londres, feriado.
  • O petróleo opera com ganhos. Julho do WTI em NY: US$ 33,48 o barril (+0,72%).
  • O Dollar Index registra baixa de 0,12%, a 99,75 pontos.

Mercado Interno 

O mercado brasileiro de soja teve um dia de poucos negócios e de preços praticamente estáveis. Com dólar e Chicago perto da estabilidade, a comercialização praticamente travou nas principais praças do país.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos ficou em R$ 109,00. Na região das Missões, a cotação seguiu em R$ 108,50. No porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 111,00.

Em Cascavel, no Paraná, o preço passou de R$ 103,50 para R$ 104,00 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 110,00 para R$ 110,50.

Em Rondonópolis (MT), a saca ficou em R$ 101,00. Em Dourados (MS), a cotação permaneceu em R$ 95,00. Em Rio Verde (GO), a saca seguiu em R$ 99,00.

Fonte: Agência SAFRAS

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