ESMAGAMENTO DE SOJA
Em set/23, apesar do recuo de 7,98% no volume de soja esmagado em MT no comparativo mensal, foram processadas 1,01 milhão de t, volume esse recorde para mês. Além disso, o processamento da oleaginosa em set/23 foi 18,58% maior que o observado no mesmo período do ano passado. Cabe ressaltar que o segundo semestre é marcado pela diminuição no ritmo das indústrias, devido às pausas para manutenção das plantas. Já em relação ao acumulado de 2023 (jan. a set.), o processamento totalizou 8,88 milhões de t, alta de 2,52% em relação ao mesmo período do ano passado, devido à demanda aquecida dos subprodutos, principalmente, para as exportações do farelo de soja. Por fim, vale destacar que a margem bruta das indústrias em set/23 apresentou alta de 3,80% no comparativo mensal, fechando com média de R$ 465,64/t, devido ao aumento no preço do óleo no mês.
Confira os destaques do Boletim:
BASE MT-CME: o diferencial de base MT teve desvalorização de 9,17% ante a semana passada, fechando com média de -R$ 23,76/sc.
QUEDA: na última semana, o dólar corrente apresentou queda de 1,09% no comparativo semanal, fechando com média de R$ 5,10/US$.
PARIDADE: devido à queda do dólar, a paridade de exportação para o contrato mar/24 recuou 0,86% ante a semana passada, ficando cotada a R$ 113,91/sc.
A semeadura da soja para a safra 23/24 alcançou 35,09% das áreas estimadas para Mato Grosso até a última sexta-feira (13/10)
Desse modo, o indicador apresentou avanço de 20,85 p.p. no comparativo semanal, devido ao aumento nos volumes de chuvas na última semana em relação à anterior. Por outro lado, o ritmo dos trabalhos a campo está atrasado em relação ao ano passado, diferença de 6,25 p.p. no comparativo. Diante desse cenário, e com base nos dados históricos do Imea e do ciclo tecnológico estimado para a safra 23/24, o Instituto projetou o restante da semeadura e a colheita para a temporada. Analisando os resultados, a previsão é que a colheita no estado se inicie na primeira semana de jan/24 (05/01/24), projeção essa que pode ser menor que o observado no ano passado. Por fim, é importante ressaltar que a previsão não está considerando os fatores climáticos, que ainda estão em aberto e poderão continuar influenciando no ritmo da semeadura e da colheita para a temporada.
Fonte: Boletim semanal n° 771 – Soja – Imea
