Embora possa variar em função da cultivar e expectativa de produtividade, Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K), são os nutrientes mais extraídos e exportados pela soja. Além desses macronutrientes tradicionais no programa de adubação, Cálcio (Ca), Magnésio (Mg) e Enxofre (S) são essenciais para a soja e requeridos em quantidades significativas.

Tabela 1. Quantidade de nutrientes acumulada e exportada pela cultura da soja(1).
Fonte: Seixas et al. (2020)
Balanço nutricional

Para um adequado e eficiente balanço nutricional, deve haver um equilíbrio entre exportação e aporte nutricional. Segundo Seixas et al. (2020) balanços negativos indicam que as quantidades aplicadas foram inferiores às exportadas (entradas < saídas), ao passo que, os balanço positivos, indicam que as entradas foram superiores às saídas (entradas > saídas).

Balanços negativos implicam em limitações da produtividade pelo déficit nutricional, já balanços positivos, podem representar a adição exagerada ne nutrientes no solo, refletindo no aumento dos custos de produção e/ou desperdício de fertilizantes.

Visando proporcionar condições nutricionais adequadas para a soja expressar seu potencial produtivo, sem desperdiçar fertilizantes, é preciso identificar os teores de nutriente no solo, a fim de avaliar a necessidade de adubações corretivas, de manutenção ou de reposição (figura 1).


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Figura 1. Classes de interpretação dos teores de nutriente no solo.
Fonte: Seixas et al. (2020)

Além disso, é importante compreender que a demanda nutricional da soja varia de acordo com o estádio de desenvolvimento da planta. Embora ambos os macronutrientes sejam responsáveis por funções vitais e essenciais para o metabolismo vegetal do início ao fim do desenvolvimento da soja, é consenso que a maioria deles é requerido em maiores quantidades durante a fase de enchimento de grãos, sendo essa, a fase mais sensível da cultura a deficiência nutricional. Sendo assim, o solo deve ser capaz de suprir a demanda nutricional da soja, a ponto de não haver deficiência nutricional nesse período.

Figura 2. Marcha de absorção de macronutrientes em soja.
Adaptado: Oliveira Junior et al. (2016)

Conforme observado na figura 2, embora possa haver uma leve variação em função da cultivar, no geral, o maior acúmulo de nutriente em soja ocorre durante a fase de enchimento de grãos, mais especificamente em R5.5. A deficiência nutricional durante esse período pode não só impactar a produtividade da cultura, como também a qualidade da soja produzida.

Além disso, nas fases anteriores a esse período, distúrbios nutricionais podem afetar não só o crescimento da cultura, como também o seu desenvolvimento, afetando processos fisiológicos essenciais para a obtenção de altas produtividade como o florescimento da soja e formação de legumes. Vale destacar que além desses macronutrientes essenciais, há diversos micronutrientes envolvidos no metabolismo e fisiologia da soja, atuando em processos metabólicos primários e secundários que podem afetar o crescimento, desenvolvimento e produtividade da cultura.

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Referências:

OLIVEIRA JUNIOR, A. et al. ESTÁDIOS FENOLÓGICOS E MARCHA DE ABSORÇÃO DE NUTRIENTES DA SOJA. Fortgreen, Embrapa Soja, 2016. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/handle/doc/1047123 >, acesso em:

SEIXAS, C. D. S. et al. TECNOLOGIAS DE PRODUÇÃO DE SOJA. Embrapa Soja, Sistemas de Produção, n. 17, 2020. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/223209/1/SP-17-2020-online-1.pdf >, acesso em: 18/07/2024.

 

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