Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira com preços em forte baixa. Apesar do cenário financeiro global positivo, o mercado realizou lucros, absorvendo tardiamente os dados de ontem do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicou produção e estoques americanos acima do esperado.

    Outro ponto que ajudou na correção foi a fraqueza do real frente ao dólar, dando competitividade à soja brasileira. O temor com uma possível falta de compromisso fiscal do novo governo fez a moeda americana subir mais de 4% no fechamento de Chicago.

    O mercado desconsiderou o impacto positivo do IPC abaixo do esperado nos Estados Unidos, que fez o dólar cair frente a outras moedas e o petróleo e as bolsas de valores subirem.

    As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2022/23, com início em 1º de setembro, ficaram em 794.800 toneladas na semana encerrada em 3 de novembro. A China liderou as importações, com 927.100 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 600 mil e 1,2 milhão de toneladas.

    Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com baixa de 29,00 centavos ou 1,99% a US$ 14,23 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 14,28 por bushel, com perda de 29,25 centavos de dólar ou 2%.

    Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 13,50 ou 3,23% a US$ 404,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 76,09 centavos de dólar, com ganho de 0,55 centavo ou 0,72%.

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Autor/Fonte: Dylan Della Pasqua  / Agência SAFRAS

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