FECHAMENTOS DO DIA (11/08): O contrato de soja para agosto22 fechou em alta de 1,26% ou $ 21,25 cents/bushel a $ 1710,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 1,45%, ou $ 20,75 cents/bushel a $ 1456,0. O contrato de farelo de soja para agosto fechou em nova alta de 1,98% ou $ 10,2/ton curta a $ 525,8 e o contrato de óleo de soja para agosto fechou em alta de 0,45% ou $ 0,32 libra-peso a $ 70,88.
CAUSAS DA ALTA DE HOJE (11/08): O cenário de déficit hídrico continuaria pelos próximos dias nos EUA, gerando preocupação com a produtividade e permitindo aumentos de preços. Dólar fraco, petróleo em alta e produtos de soja adicionaram um sentimento de alta. Mercado aguardando um novo relatório mensal do USDA.
FATORES DE ALTA DO DIA
CLIMA NOS EUA PODE FAZER O PREÇO SUBIR? Sim, mas só um pouco, não muito. Em relação às condições climáticas, o analista Ben Potter, da Farm Futures, disse em comentário que não são esperadas chuvas expressivas no centro dos EUA entre quinta e domingo, mas muitas áreas verão ao menos alguma umidade durante esse período. Ainda conforme o analista, a perspectiva é de condições mais secas do que o normal para as Planícies do Norte e para o norte do Meio-Oeste entre 17 e 23 de agosto, com condições mais frias do que o normal no cinturão do milho.
EXPORTAÇÕES FARELO EUA: O USDA informou um total de 103.400 toneladas de farelo de soja vendido para o México por meio de seu sistema de relatórios diários nesta manhã.
FATORES DE BAIXA DO DIA
CHINA REDUZ ESMAGAMENTO DE SOJA: Os estoques de farelo e óleo de soja na China recuaram pela 3a semana seguida. Os estoques de farelo e de óleo de soja recuaram acompanhando a redução do processamento. As margens ruins e redução do recebimento de soja importada são os motivos. A taxa de ocupação caiu abaixo dos 60%. As indústrias na China ainda estão bem descobertas para os próximos 3 meses. Ainda precisam comprar de 12 a 13 milhões de toneladas. Nessa semana a China comprou 4 barcos no Brasil, 2 nos EUA e 1 na Argentina. O ritmo voltou a cair.
A INDÚSTRIA DE RAÇÕES NA CHINA CORTOU PREÇOS. A queda do preço do farelo e do milho no mercado interno seriam os motivos. O preço da ração para suínos no Leste da China já caiu mais de $40 por tonelada. A queda aumenta ainda mais a margem do suinocultor. Ontem a New Hope divulgou seu balanço do 1o semestre. O volume de suínos vendidos quase que dobrou em relação ao ano passado. As ações da empresa ainda acumulam perda de mais de 7% no ano.
EXPORTAÇÕES SOJA EUA MENORES: Os dados de vendas de exportação, divulgados nesta manhã, indicaram um total de 66.710 MT em reduções líquidas nas vendas de soja da safra antiga. Essa é a 6 vez nas últimas 7 semanas que uma redução líquida foi relatada, pois a Unknown teve 569.200 MT em reduções (mudou para um destino) e a China cancelou 66.400 MT. Na semana encerrada em 4 de agosto, as vendas da nova safra totalizaram 477.241 MT, no intervalo das estimativas e alta de 16,2% em relação à semana passada. As vendas de farelo foram contabilizadas em 402.061 MT em vendas combinadas, com a maior parte para entrega em 22/23. As reservas de óleo de soja foram de apenas 642 MT.
ESTOQUES MUNDIAIS SOJA MENORES: Uma pesquisa com analistas da Bloomberg mostrou estoques mundiais de soja nova safra estimados em 99,5 MMT, uma redução de 0,1 MMT em relação ao número de julho do USDA.
ARGENTINA VAI AUMENTAR EM 700 MIL HA A ÁREA DE SOJA: Após 6 anos de declínio, a área plantada com soja aumentará em 700 mil hectares e ultrapassará 16 milhões Para a próxima safra de verão, a Bolsa de Rosário projeta um aumento de 700 mil hectares no plantio de soja, que chegará a 16,8 milhões de hectares, um aumento de 4,3% em relação à safra anterior. Outro fator que influencia a tomada de decisão dos produtores na escolha da soja são os custos, a disponibilidade de insumos e os maus resultados do milho precoce na região central. Com base nesse panorama, a Bolsa de Valores de Rosário projeta uma colheita total de 47 milhões de toneladas, tomando como área média de perda ou não colhida cerca de 400 mil hectares.
SOJA CONAB BRASIL: A CONAB manteve inalterada sua estimativa para a safra de soja do Brasil em 124,05 MT em sua atualização mensal divulgada nesta manhã, cerca de 10,23% a menos do que as 138,15 MT produzidas na safra anterior. O menor estoque final, tanto de soja quanto de farelo, sinaliza que os preços se manterão firmes nesta temporada.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: mercado segue positivo, produtor segue no aguardo
MERCADO operou do lado positivo hoje, mantendo bons níveis de preço por praticamente todo o pregão e assim marcando boas correções nos preços. Tanto o dólar, quanto a soja grão em Chicago tiveram expressiva recuperação para hoje, o que causou reflexos parciais no mercado, que, com os preços já esticados, não respondem em total intensidade.
Vamos aos valores:
- PREÇOS DE PEDRA: manteve-se a R$ 176,00, sem marcar movimentos.
- PREÇOS NO PORTO: Rio Grande passa por um dia de boa evolução alcançando novamente o valor de R$ 194,00 após pequena parada na resistência de R$ 192,00.
- PREÇOS NO INTERIOR: evoluções vistas por todo o interior, mas atipicamente, de formas bem diversas, com cada ponto respondendo de acordo com suas demandas. Ijuí se valorizou em R$ 1,00/saca e foi a R$ 188,00. Cruz Alta se valorizou em R$ /saca e foi a R$ 189,00. Passo Fundo se valorizou em R$ 0,50/saca e foi a R$ 188,00. Santa Rosa por fim se valorizou em R$ 1,00/saca e foi a R$ 187,00.
SANTA CATARINA: Preço sobe novamente, mercado segue parado
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca nova valorização de R$ 1,00/saca e alcança o valor de R$ 193,00 nesta quinta-feira, isso nos melhores momentos. As evoluções de SC estão seguindo no mesmo trilho das demais posições do Sul, mas forças opositoras causam diminuição no potencial de elevação de preço. O produtor aguarda por uma nova máxima que deve chegar em caso de nova piora na safra norte americana.
PARANÁ: Dia de boas evoluções, mas, negócios seguem no mínimo
Cenário interno do Paraná segue impassível e deverá permanecer assim por ainda mais tempo agora que há a iminência de preços cada vez mais altos. Neste dia 11/08/22 as movimentações foram positivas de forma geral por parte da CBOT e também por parte do câmbio. Uma visão exageradamente simplificada poderia dar a entender que como a taxa nominal de cambio se valorizou em 1,44%, elevando o dólar a R$ 5,1582 e Chicago se valorizou em 1,26% para grão, 0,45% para farelo e 1,98% para óleo, as altas deveriam acompanhar estes níveis, mas o que vemos na realidade é um mercado muito mais morno, com ausência tanto de oferta quanto de demanda na espera do relatório WASDE e com a diminuição dos prêmios.
- PREÇOS NO PORTO FUTUROS: marcaram ganho total de R$ 2,00/saca, alcançando novamente as marcas de terça-feira. Os preços foram a R$ 190,00 para 05/09, R$ 191,00 para 05/10 e R$ 192,00 para 04/11.
- PREÇOS NO INTERIOR: dia vazio, apenas Ponta grossa se valorizou em R$ 2,00/saca, mesmo valor visto no porto em termos de alta e alcanço o preço de R$ 188,00. As demais regiões permaneceram paradas, com Cascavel e Maringá em R$ 169,00 e Pato Branco em R$ 168,00.
MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de movimentos ou negócios
Região de MS segue sem movimentações diante de uma grande apatia por parte do mercado; agora o produtor segue à espera do relatório da USDA, com a atenção voltada ao milho e quase nenhum interesse na soja. É difícil pensar que apenas 10.000 toneladas negociadas no começo da semana parariam o mercado dessa forma por mais de um dia, portanto o principal motivo deve ser de fato o relatório e a falta de interesse geral. Vamos aos preços de soja: Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia seguem respectivamente a R$ 180,00, R$ 180,00, R$ 179,00 e R$ 178,00. Chapadão do Sul, por sua vez, também não se movimentou e segue a R$ 175,00.
MATO GROSSO: Quedas gerais por todo o Estado
MERCADO: Em mercado de alta os vendedores se ausentam, é normal: deixam os preços subirem até estabelecerem um novo patamar de estabilidade ou darem sinais de reversão. É o que está aconrtecendo hoje no MT: mesmo com as fortes altas do dólar e de Chicago, os vendedores se ausentaram, alegando espera pelo novo relatório do USDA ou notícias sobre o clima nos EUA.
- PREÇOS: Campo Verde a R$ 157,80 após queda de R$ 10,70/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 154,80 após queda de R$ 1,50/saca. Nova Mutum a R$ 164,50 após cair também em R$ 1,50/saca. Primavera do Leste a R$ 165,90 após queda de R$ 2,60/saca. Rondonópolis, por sua vez a R$ 169,40 após queda de R$ 1,60/saca. Sorriso, pôr fim, a R$ 160,00 após queda de R$ 1,00/saca.
MATOPIBA: Dia de poucos movimentos
Região de Balsas no Maranhão traz novas cotações com preço parado a R$ 168,00. O Porto Franco -MA, por outro lado, marcou boas evoluções ficou a R$ 170,00 após alta de R$ 5,50/saca. Porto Nacional-TO, por sua vez, permaneceu a R$ 152,40. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 163,00. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 170,00,
com maio de 2023 indo a R$ 153,00 após alta de R$ 3,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica