O contrato de soja para agosto22 fechou em nova alta de 1,37% ou $ 20,25 cents/bushel a $ 1495,50. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,86%, ou $ 12,0 cents/bushel a $ 1414,25. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em nova alta de 2,11% ou $ 9,3/ton curta a $ 449,9 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou teve a quarta queda consecutiva, de 1,77% ou $ 1,19 libra-peso a $ 66,22.
CAUSAS DA ALTA DE HOJE: Dados positivos em relação à demanda externa, permitiram ganhos. As exportações semanais foram localizadas em um volume muito superior ao esperado pelo mercado. Previsão de chuva para regiões dos EUA, impediu mais progressos.
EXPORTAÇÕES MAIORES EUA-SOJA: Dados semanais da FAS mostraram que 96.892 toneladas de soja de safra velha foram vendidas durante a semana que terminou em 11/08. Isso foi o esperado, refletindo vendas anteriormente desconhecidas que mudaram para seus destinos reais e novos negócios leves. O USDA tinha compromissos totais de safras antigas em 59,558 MT (2,188 bbu), com 55,5 MT (2,04 bbu) já embarcados. Para a nova safra, o relatório semanal teve 1.302 MT vendidos, em comparação com a maior estimativa de 650 mil MT. Desse total, 328k T foram anunciados anteriormente para a China, embora tenham reservado outros 451k MT. Desconhecido e México também foram grandes compradores para a semana. O total de vendas a termo atingiu 17.045 MMT em 11/08 – em comparação com 13,9 MMT no mesmo período da temporada passada.
EXPORTAÇÕES PRODUTOS EUA: Para os produtos, o USDA registrou 363.309 T de farelo e 1.583 T de óleo de soja. Para o farelo de soja que foi maioritariamente (297k MT) para entrega em 22/23, embora para óleo de soja tenha sido exclusivamente 21/22. As expectativas eram de 150.000-650.000 em ambos os anos de comercialização para farelo e de 0-25.000 MT para óleo.
IGC ELEVA A PRODUÇÃO E REDUZ OS ESTOQUES DE SOJA: Para a soja em 2022/23, o IGC-International Grain Council, com sede em Londres, elevou a estimativa de produção em 3 milhões de toneladas. Em relação à estimativa anterior. A previsão passou de 386 milhões de toneladas estimadas em julho para 389 milhões de toneladas no relatório atual, em comparação com os 351 milhões de toneladas de 2021/22. Segundo o IGC, a previsão considera, principalmente, as expectativas de uma recuperação na produção sul-americana. A projeção de consumo da oleaginosa ficou maior em relação a junho, de 376 milhões de toneladas para 379 milhões de toneladas, ante 363 milhões de toneladas no ciclo anterior. Já a projeção de estoques foi reduzida para 52 milhões de toneladas, 2 milhões de toneladas a menos que o projetado em julho. O volume do estoque final de soja de 2021/22 se manteve em 43 milhões de toneladas.
MENORES IMPORTAÇÕES DA CHINA: As importações chinesas de soja totalizaram 7,88 milhões de toneladas em julho deste ano, recuo de 9,1% ante igual período do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Alfândegas da China nesta quinta-feira (Gacc, na sigla em inglês). No acumulado do ano, o país asiático importou 54,17 milhões de toneladas da oleaginosa. Dentre os derivados da oleaginosa, a China adquiriu 50 mil toneladas de óleo de soja em julho deste ano, queda de 70,2% em relação ao volume registrado um ano antes. De janeiro a julho de 2022, a importação da commodity totalizou 180 mil toneladas.
USDA EM BRASÍLIA ELEVA PRODUÇÃO PARA 144 MILHÕES DE TONELADAS EM 2022/23: A representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília elevou de 139 milhões para 144 milhões de toneladas sua estimativa para a produção de soja no Brasil na temporada 2022/23. A nova projeção representa aumento de 13,74% ante a estimativa para a safra 2021/22, de 126,6 milhões de toneladas. A previsão de rendimento foi elevada de 3,27 para 3,39 toneladas por hectare. A nova estimativa representa aumento de quase 10% ante o ciclo anterior, quando uma estiagem causou perdas significativas. A previsão de área plantada foi mantida em 42,5 milhões de hectares, aumento de 3,9% ante 2021/22. Quanto às exportações, a estimativa do USDA foi aumentada de 87 milhões para 92 milhões de toneladas no ano comercial 2022/23, ante 77 milhões de toneladas em 2021/22. O esmagamento doméstico foi elevado de 48,5 milhões para 49,15 milhões de toneladas em 2022/23, 1,9% mais do que o estimado para a safra atual.
GIRO PELOS ESTADOS:
RIO GRANDE DO SUL: Mercado volátil, preços estáveis nos lotes, mas subiram R$ 1,00 no balcão
Após dia mais positivo, mercado de soja passa por dia de alta volatilidade, com preços hora
subindo, hora descendo, mas na média permanecendo onde estiveram no pregão anterior. A causa para a volatilidade segue sendo o cenário internacional, com a paridade preços impactando as commodities de forma geral, a forma como avança o clima norte americano muito importa e segue aumentando a insegurança do produtor que pouco vende.
- PREÇOS DE PEDRA: a R$ 169,00 marcando alta de R$ 1,00/saca.
- PREÇOS NO PORTO: Rio Grande passa por um dia de manutenção, seguindo no preço de R$ 190,50.
- PREÇOS NO INTERIOR: assim como ocorrido no porto, as demais posições gaúchas estudadas nesse relatório também não se moveram.
Lembrando, esses preços são médias de variação diária, o dia trouxe muita volatilidade. Com isso os preços seguiram em R$ 184,00 para Ijuí, R$ 185,50 para Cruz Alta, R$ 185,50 para Passo Fundo e R$ 184,00 para Santa Rosa.
SANTA CATARINA: sem variações de preços, alguns negócios efetuados
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina acompanha a maioria das posições no sul do país e marca manutenção, com o preço permanecendo a R$ 190,00 para 30/09. Apesar da manutenção em termos de valor, alguns negócios incentivados pela insegurança foram efetuados, com cerca de 3.000 toneladas de soja sendo negociadas, a maior parte nos preços de novembro a R$ 193,00.
PARANÁ: Dia com mercado paralisado
O produtor paranaense segue extremamente defensivo e esse aspecto se reforça e se realiza diante da interpretação do mercado internacional. É importante perceber que parte dos agentes vê a atual situação como um motivo para vender, enquanto em regiões naturalmente mais defensivas ou onde a seca tirou uma quantidade maior de capacidade produtiva, a situação é olhada como motivo para segurar. Neste dia 18, diante de um mercado muito volátil, os preços permaneceram imóveis, flutuanso acima e abaixo do pregão anterior, mas, no fim, sem gerar movimentos.
Em Chicago as oscilações foram de: soja grão a +1,37%, farelo +2,11%, óleo a -1,77%. O dólar, por sua vez, ficou quase sem movimentos ao marcar positividade de 0,08%, indo a R$ 5,1720. Com a insegurança geral da parte, em especial, do produtor (há também insegurança compradora), as mudanças internacionais não tiveram efeitos reais no mercado interno.
- PREÇOS NO PORTO FUTUROS: Sem mudanças a R$ 186,00 para 05/09, R$ 187,00 para 05/10 e R$ 188,00 para 04/11.
- PREÇOS NO INTERIOR: também sem mudanças, com Cascavel e Maringá se mantendo em R$ 166,00. Ponta Grossa a R$ 183,00. Pato Branco a R$ 165,00.
MATO GROSSO DO SUL: Altas vistas, mas ainda sem negócios
Mato Grosso do Sul passa por um dia de expressivas altas, indicando um efeito atrasado em relação as cotações de ontem, que mesmo diante das valorizações das demais regiões, permaneceu parado.
Os negócios de soja têm se mostrado bastante complicados mesmo em momentos mais positivos, com essas altas de R$ 2,00/saca tendo poucos efeitos reais no Estado que ainda foca no milho.
Ademais, vamos aos preços de soja: Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia foram respectivamente a R$ 173,00, R$ 173,00, R$ 172,00 e R$ 171,00. Chapadão do Sul, por sua vez, foi a R$ 170,00. Todas as posições subiram em R$ 2,00/saca.
MATO GROSSO: Preços subindo
Os últimos dados trazidos com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado, esse mercado foi positivo de forma geral, com o dólar e Chicago subindo. As demais variações de soja foram óleo a – 0,72% e farelo a +1,12%.
Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 164,40, valorização de R$ 4,40/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 158,50, valorização de R$ 3,70/saca. Nova Mutum a R$ 163,00, queda de R$ 4,20/saca. Primavera do Leste a R$ 165,90, alta de R$ 0,90/saca. Rondonópolis, por sua vez a R$ 172,00 após alta de R$ 2,50/saca. Sorriso, pôr fim, a R$ 163,30, sem variações.
MATOPIBA: Preços parados, exceto por Porto Franco
Região de Balsas no Maranhão traz novas cotações com preço a R$ 164,00, permanecendo sem movimentos. O Porto Franco-MA marcou queda de R$ 1,50/saca e foi a R$ 163,50. Porto Nacional-TO, por sua vez, segue a R$ 146,40.
Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 162,00, mesmo valor do pregão anterior. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 167,55 e com maio de 2023 indo a R$ 150,00, sem se mover.
Fonte: T&F Agroeconômica
