FECHAMENTOS DO DIA 16/09: O contrato de soja para novembro22 fechou em nova queda de 0,38% ou $ 5,50 cents/bushel a $ 1446,0. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,31%, ou $ 4,50 cents/bushel a $ 1454,25. O contrato de farelo de soja para outubro fechou em queda de 1,33% ou $ 5,8/ton curta a $ 428,7 e o contrato de óleo de soja para outubro fechou em nova alta de 2,90% ou $ 1,94 libra-peso a $ 68,73.

CAUSAS DA QUEDA DO DIA: A competitividade das mercadorias da América do Sul (leia-se, Argentina) condicionou os preços nos EUA; além disso, o mercado começa a descontar lentamente a chegada da nova safra americana. O temor pelo futuro da demanda diante das perspectivas de crescimento econômico mundial mais baixo acrescentou fraqueza.

FUNDOS APOSTAM NA ALTA DA SOJA: O relatório da CoT mostrou que os Fundos foram compradores líquidos de soja durante a semana encerrada em 13/09. Isso aumentou seus 12.498 contratos comprados líquidos (12,5%) para 112.127 contratos. Os hedgers comerciais de soja aumentaram suas posições em aberto em 41.317 contratos (7%) durante a semana. Isso ampliou sua venda líquida em 6,8 mil contratos para 140.469.

COMPRAS DA CHINA NA ARGENTINA: A China vem comprando grãos argentinos (10 navios) depois que a Argentina criou uma taxa de câmbio do dólar da soja para incentivar as vendas dos agricultores.

ARGENTINA-DÓLAR-SOJA-JÁ FORAM VENDIDAS 6,8 MILHÕES DE TONELADAS: Desde a entrada em vigor do Programa de Incentivo à Exportação, que o Governo implementou para que a soja seja vendida a um dólar de $ 200, a fim de acelerar as exportações naquele complexo e assim poder fortalecer os cofres do Banco Central, foram comercializados até ontem no mercado local 6,8 milhões de toneladas de oleaginosas. Vale lembrar que os exportadores de grãos esperavam 5,5 milhões de toneladas, mas para todo o mês de setembro, período de vigência do regime especial. Fontes agroexportadoras indicaram que hoje seriam somadas mais 550 mil toneladas de vendas e que a receita acumulada de divisas será de cerca de US$ 3,5 bilhões. Há, porém, alguns problemas de escoamento.

VENDAS DA SEMANA EUA: A FAS do USDA informou que as vendas de soja da semana encerrada em 08/09 foram de 842.989 toneladas. Isso definiu o livro pendente como 24.858 MMT. Os dados semanais sugeriram que 57.188 MMT de soja foram embarcados durante a safra 21/22. A nova safra tem 422.510 toneladas embarcadas na primeira semana e dia. Novos compromissos de safra são cerca de 2,5 MMT acima do ano passado.

ESMAGAMENTO EUA: Os membros do NOPA relataram que 165,54 mbu (4,50 MT) de soja foram processados em agosto. Isso caiu contra os 170,22 (4,63 MT) em julho e ficou um pouco abaixo do palpite médio do comércio. A previsão de 21 de agosto foi de 158,84 mbu (4,32 MT) dos membros do NOPA. O crush da temporada completa foi de 2.074 bbu (56.44 MT) dos membros do NOPA e pelo menos 2.194 bbu (59,71 MT) nacionalmente (com o crush de agosto dos não membros do NOPA ainda confirmado pelo NASS).

 

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços sobem R$ 2/saca no lote e recuam R$ 1/saca no balcão

Mercado muito volátil nesta sexta-feira, preços continuam mistos diante da competição das tradings e fábricas. Além disso, a taxa de câmbio impulsiona a evolução de preços, que seguem sentindo a pressão por parte das vendas da Argentina. O dia foi capaz de terminar em terreno positivo devido às condições que já se mostravam positivas na quinta-feira.

PREÇOS DE PEDRA: a R$ 170,00, marcando uma pequena queda de R$ 1,00/saca.

PREÇOS NO PORTO: Rio Grande passa por dia de evoluções de R$ 2,00/saca e alcança o valor R$ 192,00.

PREÇOS NO INTERIOR: marca evoluções bastante homogêneas por toda a extensão do interior, com Ijuí, Cruz Alta e Passo Fundo evoluindo em R$ 2,00/saca e indo respectivamente a R$ 186,00, R$ 187,00, R$ 187,00. Santa Rosa, por sua vez, não foi diferente e se elevou a R$ 184,00.

SANTA CATARINA: Valorizações expressivas de R$ 3,00/saca no porto

Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca alta expressiva de preços ao subir em R$ 3,00/saca e ir a R$ 193,00 para 31/09. A semana fecha R$ 9,00/saca acima dos piores valores na mesma semana, mostrando um contexto de grande volatilidade. Ademais, hoje alguns volumes foram negociados, foram apenas pequenos lotes e nem todos nessa máxima de R$ 193,00, alguns saíram a R$ 190,00, mas o total esteve na casa das 1500 toneladas.

PARANÁ: Paraná marca poucos movimentos, negócios lentos

O Paraná como um todo segue muito inexpressivo em termos de negócios. O foco dos produtores está no milho e no trigo. Hoje, as variações de preços foram ocasionadas especialmente pela volatilidade do mercado e pela valorização do dólar, mas Argentina segue impactando os preços no Brasil com seu volume expressivo de vendas. Segundo corretores da região, o preço procurado pelo produtor se mostra muito alto a R$ 190,00 e por isso nada além do estritamente necessário ocorre, mesmo diante de bons dias para o câmbio, nada acontece. O complexo de soja fechou com soja grão a -0,38%, farelo -1,33%, óleo a +2,20%. O dólar, por sua vez, subiu ao variar +0,38% e ir a R$ 5,2592.

PREÇOS NO PORTO FUTUROS: os preços de todos os contratos marcaram evolução de R$ 1,00/saca, com isso os preços se elevaram a R$ 191,00 para 28/09, R$ 192,00 para 30/10 e R$ 193,00 para 30/11.

PREÇOS NO INTERIOR: poucos movimentos foram vistos, apenas Ponta Grossa que ao acompanhar o porto se valorizou também em R$ 1,00/saca, indo a 185,00. As demais posições permaneceram paradas, com Cascavel e Maringá a R$ 167,00 e Pato Branco a R$ 166,00.

MATO GROSSO DO SUL: Altas de até R$ 2,00/saca, mercado no positivo e 35K negociadas

MERCADO: Valorizações por todo o Estado, causadas em especial pelas evoluções progressivas do câmbio. A semana terminou no melhor terreno visto desde segunda-feira, o que foi o suficiente para impulsionar muito o mercado, girando volumes expressivos nessa sexta-feira. Estima-se que aproximadamente 35.000 toneladas foram negociadas, volume que provavelmente impactará no mercado de semana que vem, o fazendo retornar a apatia costumeira.

PREÇOS: Dourados e Campo Grande se valorizaram em R$ 2,00/saca, indo a R$ 180,00. Maracaju se valorizou em R$ 1,00/saca e foi a R$ 178,00. Sidrolândia não se moveu e permanece a R$ 176,00. Chapadão do Sul, por fim, foi a R$ 176,00 após alta de R$ 1,00/saca.

MATO GROSSO: Dia de baixas, movimentos inexpressivos

MERCADO: Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado. Esse mercado foi bastante dividido, com algumas posições subindo e outras caindo. PREÇOS: Campo Verde a R$ 161,00 queda de R$ 6,00/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 167,00, alta de R$ 4,80/saca. Nova Mutum a R$ 168,60, alta de R$ 3,60/saca. Primavera do Leste a R$ 161,00, queda de R$ 6,30/saca. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 172,00, alta de R$ 2,00/saca. Sorriso, por fim, a R$ 168,80, marcando alta de R$ 5,10/saca.

MATOPIBA: Apenas Balsas se valoriza

Região de Balsas, no Maranhão traz novas cotações marcando valorização de valorização de R$ 7,00/saca, o que levou o preço a R$ 174,00, ainda assim, não se recuperando das quedas de R$ 15,00/saca nos 3 dias anteriores. O Porto Franco-MA manteve-se a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, também sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 170,00 também sem novos movimentos e com maio de 2023 a R$ 154,00, marcando manutenção.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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