FECHAMENTOS DE SEXTA-FEIRA, 26/08: O contrato de soja para setembro22 fechou em forte alta de 0,48% ou $ 56,75 cents/bushel a $ 1609,25. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 1,96%, ou $ 28,25 cents/bushel a $ 1466,75. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em forte alta de 4,63% ou $ 21,2/ton curta a $ 479,2 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em alta de 2,21% ou $ 1,53 libra-peso a $ 70,62.

CAUSAS DA ALTA DE HOJE: A incerteza sobre as perspectivas da safra nos EUA, aliada à expectativa de maior demanda externa, animaram os preços. A projeção do Pro Farmer Crop Tour ficou em linha com o proposto pelo USDA (123 milhões de toneladas). No entanto, eles não descartam ajustes para menos devido às condições climáticas desfavoráveis em algumas regiões, o que poderia reduzir os rendimentos potenciais.

FUNDOS APOSTAM NA ALTA: Os dados da CFTC mostraram que os Fundos tinham 104.471 contratos líquidos comprados em soja em 23/8. Isso aumentou 5k em relação à semana anterior, principalmente devido às novas compras líquidas. Traders de soja comercial adicionaram hedges durante a semana, com um aumento de 19,5 mil contratos em aberto e uma venda líquida mais forte de 8.540 contratos para 145,9 mil contratos. O relatório do CoT mostrou que os Fundos estavam 9.454 contratos mais líquidos comprados em farelo de soja para 95.718 contratos. Em óleo de soja, os Fundos estavam 8.973 contratos mais líquidos comprados para um total de 42.208 contratos.

DETALHES DO CLIMA EUA: O QPF de 7 dias da NOAA mostra chuva para os campos de soja do leste do Cinturão de Milho, com acumulações chegando a pouco mais de 12,75 mm. O sul de Iowa através de Oeste do Missouri e Leste de Kansas terão mais chuva durante a semana com 25,4 a 44,45 mm de acumulações. Nebraska, Minnesota e Dakotas perderão precipitações na próxima semana.

RELATÓRIO PRO FARMER: As estimativas finais da safra de soja da Pro Farmer foram divulgadas mostrando um rendimento médio de 51,7 bpa (3476,88kg/hectare) +/-2%. Seu valor de produção é de 4,535 bilhões de bushels (123,42 MT) (em 500 mil acres adicionais), em comparação com a estimativa do USDA de 4,531 bilhões (123,31 MT) e 4,435 bilhões de bushels (120,69 MT) no ano passado. A estimativa de soja no ano passado da Pro Farmer foi de 4,436 bbu (120,72MT).

MAIS VENDAS DE SOJA: O USDA anunciou uma venda de exportação privada de 146 mil toneladas de soja para destinos desconhecidos para entrega em 22/23.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços inalterados, mas 10k negociadas no dia; balcão recua

  • MERCADO LOCAL: Mercado segue volátil, de olho no clima americano, e no Crop Tour. Durante o pregão de hoje, mercado esteve predominantemente em alta, recuperando as baixas de ontem. Volumes de 10.000 tons reportados hoje no RS. Tradings e fábricas disputam lote a lote as ofertas que aparecem. No interior, Fábricas e trading disputaram em condições iguais as raras ofertas que havia.
  • PREÇOS INALTERADOS: Mesmo com a alta de 3,66% Chicago, compensada parcialmente com a queda de 0,66% do dólar, os preços da soja permaneceram inalterados no RS, como se pode ver ao lado. R$ 187,00 FOB Cruz Alta para meados de setembro R$ 186,50 FOB Passo Fundo para meados de setembro R$ 186,00 FOB Ijuí para meados de setembro R$ 185,00 FOB Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para meados de setembro.
  • EXPORTAÇÃO: No porto, no melhor momento, os preços permaneceram inalterados em R$ 192,00 para o final de setembro.
  • PREÇOS DE BALCÃO, em Panambi, recuaram para R$ 173,00 ao produtor.

SANTA CATARINA: Preços voltam a subir, 5.000 toneladas negociadas

Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca alta de R$2,00/saca, levando o preço a R$ 193,50 para 30/09. Após as valorizações do dia o mercado pareceu se animar e fechou a semana com níveis relativamente bons de negócios. Estima-se que aproximadamente 5.000 toneladas tenham sido negociadas, para 31/10.

PARANÁ: Dia positivo, semana rende 40k no dia e cerca de 300.000 t na semana

Nessa sexta-feira o dia foi bem movimentado, com movimentos vistos em termos de negócios concretizados no Estado. Sabe-se que não ocorreram negócios no porto de Paranaguá, mas que bons volumes rodaram na ferrovia, com cerca de 40.000 toneladas saídas do Paraná e do Mato Grosso Sul. Além dos volumes de hoje, sabe-se também que boas vendas foram efetuadas na quinta-feira, os valores deste dia somado ao escoamento base dos demais configurou essa relação de aproximadamente 300.000 toneladas negociadas. Os negócios foram favorecidos com as altas em todo o complexo de soja em Chicago: soja grão a +3,66%, farelo +4,63%, óleo a +2,21%. O dólar, por sua vez, caiu expressivamente ao variar -0,66% e ir a R$ 5,0781. Os resultados nos preços para hoje foram uma resposta mais à conjuntura doméstica do mercado, visto que se levasse em conta apenas a CBOT, as altas deveriam ser muito mais expressivas.

  • PREÇOS NO PORTO FUTUROS: marcou altas de R$ 1,00/saca, o que levou os preços a R$ 191,00 para 05/09, R$ 192,00 para 05/10 e R$ 193,00 para 04/11.
  • PREÇOS NO INTERIOR: marca ganhos parciais. Ponta Grossa subiu de forma bastante expressiva em R$ 4,00/saca e foi a R$ 187,00, mas as demais posições permaneceram paradas. Isso manteve Cascavel e Maringá a R$ 168,00 e Pato Branco a R$ 167,00.

MATO GROSSO DO SUL: Dia de ganhos, cerca de 10.000 toneladas negociadas

Mato Grosso do Sul passa por um dia de positividade expressiva, com todas as posições subindo igualmente em 2,00/saca, o que possibilitou que um bom volume de 10.000 toneladas fosse negociado. O fato é que a semana como um todo foi bastante apática em termos de mudanças de preço para o Estado; uma boa parte do tempo as regiões aqui estudadas foram mantidas sem variações e mesmo hoje, os preços terminaram onde estiveram ao começo da semana.

O motivo por trás disso segue sendo o claro foco no milho que é o carro chefe no momento, além, é claro, da própria incerteza que ronda o mercado de soja internacional. Ademais, vamos aos preços de soja: Todas as posições marcaram altas de R$ 2,00/saca, isso levou Dourados, Maracaju e Sidrolândia respectivamente a R$ 177,00, R$ 176,00 e R$ 175,00. Campo Grande e Chapadão do Sul foram a R$ 177,00 e R$ 173,00.

MATO GROSSO: Dia sem variações

  • MERCADO: Os últimos dados trazidos, com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado, esse mercado foi dividido, com o dólar marcando uma alta pequena de 0,02% e Chicago marcando quedas também amenas de 0,48% para soja grão. As demais variações de soja foram óleo a +0,48% e farelo a -2,10%, apesar dessas variações, a relevância foi mantida para a competição doméstica. Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 171,00. Lucas do Rio Verde a R$ 158,90. Nova Mutum a R$ 167,50 sem novos movimentos. Primavera do Leste a R$ 170,00. Rondonópolis, por sua vez a R$ 173,00. Sorriso, por fim, a R$ 166,50, sem se mover.
  • RENTABILIDADE DEVE CAIR: No caso da soja, o atraso na comercialização antecipada, a alta dos preços de fertilizantes e a relação de troca desfavorável protelaram as negociações de adubos para a oleaginosa. Segundo o Imea, 92% deste insumo para a safra 2022/23 foi adquirido, ante 97% no ano passado, enquanto as vendas de sementes e defensivos estão adiantadas. “Na safra 2021/22, o produtor precisava vender soja a R$ 73 por saca para cobrir o Custo Operacional Total (COT). Na estimativa para 2022/23, precisa vender soja a R$ 111 por saca”, disse o IMEA, ressaltando que isso é reflexo da alta do custo de produção de 51%. O Lajida (Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização), medida usada para projetar a rentabilidade, deve recuar 39% em 2022/23.

MATOPIBA: Altas parciais, mercado lento

Região de Balsas, no Maranhão, traz novas cotações com preço a R$ 173,00 sem movimentos. O Porto Franco-MA evoluiu em R$ 1,50/saca e foi a R$ 174,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, sem variar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 166,00 e com maio de 2023 a R$ 150,00, também sem variações para nenhum dos contratos.

Fonte: T&F Agroeconômica



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