RIO GRANDE DO SUL: Perdas consolidadas; 5% da área ainda não plantada
EMATER: relatório da Emater que indica que devido à falta de umidade do solo, produtores não avançam com plantio de soja no Estado. Estima-se que 76% das lavouras se encontram em germinação, 22% em floração e 2% em enchimento de grãos. Devido à falta
de umidade anteriormente citada, cerca de 5% da área planejada ainda não foi plantada.
Ademais a alta isolação, as elevadas temperaturas, a falta de chuva e de umidade do solo em dezembro e início de janeiro vêm prejudicando as lavouras e dificultando o crescimento das plantas, observados o encurtamento dos entrenós e o tamanho reduzido das folhas. Tais sinais na cultura consolidam perdas até o momento, que podem ser ampliadas caso não ocorram chuvas nos próximos dias.
MERCADO: Como mostra nossa tabela ao lado, os preços do mercado de lotes são também os mais altos dos últimos 12 meses, mas, mesmo assim, não provocam vendas, porque os agricultores acreditam que a quebra da safra poderá fazer os preços subirem mais ainda.
SANTA CATARINA: Valorizações diminuem, governo investirá R$ 150.000 milhões no Estado
AJUDA: Santa Catarina segue em situação difícil, sem mudanças no panorama climático da região. No entanto, segundo reportagem pela Secretaria de Estado da Agricultura de Santa Catarina, o governo do Estado estará efetuando um novo aporte de R$ 150 milhões para mitigar os impactos da estiagem no meio Rural. Este investimento deve resultar em novas instalações para sistemas de captação e armazenamento de água, a preocupação destacada por Altair Silva, secretário do órgão é que esse é o segundo ano em que o governo destina tais investimentos para o combate a estiagem, com 2021 tendo contado com um aporte de R$ 100 milhões.
MERCADO: o mercado catarinense retorna lentamente das férias e assim como as demais regiões tem sua valorização segurada, não apenas por uma limitação a respeito das certezas de perdas, como também as perdas de valor da soja e seus subprodutos na bolsa de Chicago.
PARANÁ: Com Chicago e o dólar em queda, os preços ficam no máximo estáveis
A SAFRA: Dia de chuvas para diversas regiões do Paraná, mas ainda sem confirmação de melhoras. O mercado anseia por melhores condições climáticas em especial no Oeste do PR onde os efeitos mais profundos da estiagem são sentidos. Ademais, não há muito o que se comentar: com o dólar caindo 0,56% e a soja caindo 0,54% os preços que o mercado pode oferecer foram, no máximo, os mesmos do dia anterior e, por isso, segue extremamente lateralizado.
O MERCADO: Sem confirmação de perda os produtores não querem efetuar fixação de preços e também não vendem mais do que o absoluto essencial que normalmente se configura em quantidades muito pequenas no interior. O comércio passa a se virar para dentro, onde o que controla a demanda são as fábricas, mas não totalmente, pois muitas indústrias seguem abastecidas até março.
MATO GROSSO DO SUL: MS para valorizações, mercado segue de lado
EXPORTAÇÃO: A região de MS segue nas mesmas condições das demais regiões, embora muito menos afetado pela estiagem do que as parcelas mais ao sul do Brasil. No momento a demanda segue se reforçando, mas a soja está totalmente voltada para a exportação e com as quedas de hoje do grão e dos subprodutos na bolsa de Chicago e também do próprio dólar, as valorizações não foram continuadas.
PRODUTOR: O produtor, primeira espera um estudo que estipule o nível de perda que estará presente no Estado. Segundo o Secretário Jaime Verruck, da Semagro, os técnicos estão a campo para realizar um estudo e o que se sabe é que em lavouras da região Sul (onde estão concentradas 65% da área plantada com soja) as perdas estão consolidadas. Após estas determinações, maiores variações podem ser vistas e consequentemente, mais movimentos ocorram na região.
Além disso, estuda-se a possibilidade de busca de apoio do Governo Federal para reduzir os impactos junto ao setor produtivo e na economia da mesma forma que está ocorrendo em SC.
CENTRO-OESTE: Preços recuaram nesta quinta-feira
No Mato Grosso, os preços de atacado recuaram para R$ 161,00 em Campo Verde; em Canarana fecharam a R$ 150,00; Itiquira avançaram para R$ 170,20; Lucas do Rio Verde, permaneceram em R$ 155,30; em Nova Mutum recuaram para R$ 162,50, em Primavera do Leste avançaram para R$ 168,20; em Querência fecharam a R$ 151,00; em Rondonópolis avançaram para R$ 172,20; Sinop recuou para R$ 158,70, Sorriso recuou para 158,20 e Tangará da Serra fechou a R$ 154,00.
Em Goiás o preço fechou em R$ R$ 164,50 em Anápolis; R$ 163,00 em Formosa, R$ 164,00 em Jataí e R$ 165,00 em Rio Verde.
MATOPIBA: Preços estáveis
No Maranhão, permaneceu em R$ 164,30 em Balsas e R$ 164,50 em Porto Franco. No Tocantins, R$ R$ 160,70 em Porto Nacional. No Piauí, R$ 164,00 em Uruçuí. Na Bahia, R$ 170,50 em Barreiras e R$ 170,00 em LAM para o disponível e R$ 169,50 para maio.
Fonte: T&F Agroeconômica