FECHAMENTOS DO DIA: O contrato de soja para setembro22 fechou em nova queda de 0,15% ou $ 2,25 cents/bushel a $ 1510,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 0,62%, ou $ 9,0 cents/bushel a $ 1430,25. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em queda de 0,41% ou $ 1,9/ton curta a $ 460,5 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em alta de 2,54% ou $ 1,80 libra-peso a $ 72,59.
CAUSAS DA QUEDA DE HOJE: Mercado condicionado por amplas perspectivas de produção nos EUA. Somado a isso, a América do Sul estaria caminhando para uma safra 2022/23 de forte aumento de área e produção (Brasil +20,8% ou 25 MT, passando de 125 para 150 MT). As vendas para a China anunciadas pelo USDA suportaram preços, evitando novos ajustes.
ESMAGAMENTO SOJA EUA: As estimativas de traders que entram no relatório mensal de Gorduras e Óleos esperam que 180,5 mbu (4,91MT) de soja tenham sido esmagadas em julho, em média. O esmagamento de soja de junho foi de 174,1 (4,74 MT) e julho de 21 foi de 166,3 mbu (4,52 MT). Espera-se que os estoques de óleo de soja sejam de 2,221 bilhões de libras no relatório previsto para quinta-feira.
NOVAS VENDAS PARA A CHINA: Exportadores privados relataram vendas de 167.000 toneladas de soja para entrega à China durante o ano de comercialização de 22/23
QUEDA DO PETRÓLEO, MAS O ÓLEO CONTINUA FIRME: O petróleo bruto caiu cerca de um dólar por barril hoje (-2,28%), mas o óleo de soja continua firme (+2,54%).
LUCRO DOS SOJICULTORES EUA: O relatório do USDA de segunda-feira para a semana passada mostrou o valor dos produtos de soja excedendo o custo da soja em 5,82 por bushel em Illinois e 6,05 em Iowa, margens historicamente amplas.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Com alta do dólar bem maior que queda em Chicago, preços sobem R$ 4,00/saca
MERCADO segue volátil, com viés baixista, ainda tentando digerir os números do Crop Tour americano, e as boas previsões do clima no meio oeste. Durante o pregão de hoje, mercado esteve predominantemente em baixa, ampliando as perdas de ontem em Chicago
(-0,15%), que acabaram sendo compensadas pelas taxas de câmbio (+1,73%), permitindo elevação nos preços.
No interior, Fábricas e trading disputaram em condições iguais as raras ofertas que havia.
R$ 188,00 FOB Cruz Alta para meados de setembro, alta de R$ 4,00/saca. R$ 187,50 FOB Passo Fundo para meados de setembro, alta de R$ 3,50/saca. R$ 187,00 FOB Ijuí para meados de setembro, alta de R$ 4,00/saca. R$ 186,00 FOB Santa Rosa e São Luiz Gonzaga para meados de setembro, alta de R$ 4,00/saca.
- EXPORTAÇÃO: No porto, no melhor momento, os preços foram de R$ 193,00 para o final de setembro, alta de R$ 4/saca.
- PREÇOS DE BALCÃO, em Panambi, mantiveram-se em R$ 170,00 ao produtor.
SANTA CATARINA: Porto se valoriza, mas segue sem negócios
Porto de São Francisco do Sul em Santa Catarina marca alta de R$ 3,00/saca, levando o preço a R$ 193,00 para 30/09. O dia trouxe volatilidade considerável, com alguns momentos sendo marcados por preços muito mais baixos do que os de fechamento, na faixa de R$ 189,00. Ainda assim, devido ao impulso conferido pelo dólar ao fim do dia, o valor final foi este observado na tabela ao lado.
PARANÁ: Dia positivo para os preços com altas de 1-4 reais/saca
O dia trouxe um mercado claramente dividido entre porto e interior, onde pode-se notar claramente o impacto da valorização do óleo de soja no interior que subiu de forma muito homogênea. No porto as evoluções de preços foram muito menos expressivas, isso se deve ao fato de a principal força motriz ser o dólar, mas com as baixas de farelo e soja grão, os
impactos gerados por sua alta foram mitigados, dando essa configuração mais amena. O complexo de soja fechou em queda para a soja grão a -0,15% e farelo -0,41% e alta para o óleo a +2,54%. O dólar, por sua vez, subiu expressivamente ao variar +1,73% e foi a R$ 5,2015.
- PREÇOS NO PORTO FUTUROS: marcou altas de R$ 1,00/saca, o que levou os preços a R$ 196,00 para 05/09, R$ 197,00 para 05/10 e R$ 198,00 para 04/11.
- PREÇOS NO INTERIOR: marca expressivas altas gerais. Ponta Grossa subiu em R$ 5,00/saca e foi a R$ 187,00, as demais posições subiram em R$ 4,00/saca. Isso levou Cascavel e Maringá a R$ 168,00 e Pato Branco a R$ 167,00.
MATO GROSSO DO SUL: Preços sobem R$ 3,00/saca, mas ainda sem negócios
Mato Grosso do Sul passa por um dia ausente de negócios, mas com boas altas nos preços. Esta quartafeira trouxe os primeiros movimentos expressivos da semana, mas isso não se dá de forma particularmente saudável, visto que advém especialmente de um aumento da taxa nominal de câmbio americana em relação à brasileira, enquanto os preços dos produtos decaem. Ainda assim, a soja vendida em dólar a custo de fatores de produção em reais marca positividade para o exportador.: Todas as posições marcaram altas expressivas e homogêneas de R$ 3,00/saca.
MATO GROSSO: Mercado segue misto
Os últimos dados trazidos para este Estado com os valores que serão vistos abaixo e na tabela ao lado, esse mercado foi primariamente negativo, pois o complexo de soja se mantém no negativo após a ampliação dos estoques mundiais; ainda assim, algumas posições marcam altas em resposta ao dólar.
Vamos aos preços: Campo Verde a R$ 160,30 marcando alta de R$ 5,40/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 157,60 marcando alta de R$ 0,80/saca. Nova Mutum a R$ 156,70 ao cair 6,30/saca. Primavera do Leste a R$ 162,40 após desvalorização de R$ 3,60/saca. Rondonópolis, por sua vez a R$ 166,50 após cair em R$ 2,00/saca. Sorriso, por fim, a R$ 154,00, ao cair R$ 8,50/saca.
MATOPIBA: sem novos movimentos nos preços
Região de Balsas, no Maranhão traz novas cotações com os preços sem movimentos a R$ 166,00. O Porto Franco-MA manteve-se a R$ 167,00. Porto Nacional-TO, por sua vez teve seu preço mantido a R$ 164,90. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 165,00, também sem se movimentar. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 166,00 e com maio de 2023 a R$ 150,00, sem variações para nenhum dos contratos.
Fonte: T&F Agroeconômica
