FECHAMENTOS DO DIA 14/06: O contrato de soja para julho23 fechou em baixa de -0,79% ou $ -11,00 cents/bushel a $ 1388,25. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,04%, ou $ 0,50 cents/bushel a $ 1240,00. A cotação de maio24 fechou em baixa de -0,04% ou $ -0,50 cents/bushel a $ 1246,00. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -1,96% ou $ -7,8 ton curta a $ 389,7 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 0,96% ou $ 0,53/libra-peso a $ 55,93.
CAUSAS DA ALTA: A soja fechou com pequenas oscilações em todos os vencimentos. Do lato altista estavam a expectativa de que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos eleve na próxima semana o volume obrigatório de biodiesel, que deve ser misturado a combustíveis fósseis em 2023, 2024 e 2025. Assim como a valorização do Real frente ao Dólar. Desde do começo de julho o dólar já perdeu -5,25% do seu valor ante o real. No entanto, essa vantagem cambial não está se refletindo em vendas americanas, principalmente para a China, que está comprando grandes volumes do grão brasileiro. Sendo assim, os dados de exportação estão pressionando as cotações. O clima seco trabalhou nos dois sentidos, visto que, pode ser um fator de preocupação, mas o mês em que pode realmente afetar a produção é somente em agosto.
NOTÍCIAS IMPORTANTES:
BUNGE/VITERRA-COMO VAI FICAR? O atual CEO da trading de grãos Bunge, Greg Heckman, afirmou que seguirá no comando da empresa resultante da fusão com a Viterra, mantendo o nome Bunge e operando a partir de uma sede em St. Louis, no Estado de Missouri. Em carta enviada aos funcionários da empresa, ele disse ainda que o atual diretor financeiro da Bunge, John Neppl, também continuará no cargo. Por sua vez, o CEO da Viterra, David Mattiske, se juntará à equipe executiva da Bunge na função de co-diretor de operações. Até que a transação seja concluída, em meados de 2024, as duas empresas continuarão operando separadamente, acrescentou Heckman. Enquanto isso, ele garantiu que “a liderança de ambas as companhias conduzirá o planejamento de integração e trabalhará em parceria e de forma transparente para posicionar a empresa resultante da fusão para o futuro”. Fonte: Dow Jones Newswires
EUA PODEM ELEVAR PERCENTUAL DE BIODIESEL: O mercado de hoje foi influenciado em parte pelo desempenho do óleo de soja, que ganhou 0,30% depois de ter subido mais de 3% na sessão anterior. Segundo Rich Nelson, da Allendale, o derivado vem sendo impulsionado pela expectativa de que a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) eleve na próxima semana o volume obrigatório de biodiesel que deve ser misturado a combustíveis fósseis em 2023, 2024 e 2025. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. O reflexo deverá ser positivo para os preços da soja.
PARANÁ-NOVA ESMAGADORA COM FOCO NO BIODIESEL E RAÇÕES: A produtora de biodiesel Be8 (antiga BSBios) e o governo do Estado do Paraná assinaram, há pouco, um Protocolo de Intenções para viabilizar investimentos em uma esmagadora de soja na cidade de Marialva (PR). A empresa já tem uma unidade de produção de biodiesel no local e, com a nova planta, terá capacidade de processamento de 5 mil toneladas de soja por dia para produção de óleo, farelos e casca de soja. O investimento para construção da unidade poderá chegar a R$ 1,5 bilhão, estima a Be8. “Com mais este anúncio, seguimos nossa estratégia de crescimento no Brasil, ampliando nossa estrutura na cadeia produtiva de biodiesel e de alimentos”, disse, em nota, o presidente da empresa, Erasmo Carlos Battistella. A produção de farelos e casca de soja da esmagadora será destinada à indústria de rações e o óleo será matéria- prima para fabricação de biodiesel. Quando alcançar a capacidade plena de operação, a companhia prevê que o consumo de soja será de 85 mil sacas por dia, em sua maioria proveniente de fornecedores paranaenses.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia ruim para negócios, preços caem R$ 1,50/saca
CONTEXTO DO DIA: Em dia de realizações em Chicago, prêmios e dólar mais baixos, dificultando qualquer efetividade de negócios. Comprador com o mês de junho coberto, olhando julho apenas. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 138,00 sobre rodas no melhor momento, marcando baixa de R$ 1,50/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço passou por queda de R$ 1,00/saca, indo a R$ 132,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 132,00, perdendo R$ 0,50/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço caiu também em R$ 050/saca e foi a R$ 132,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 131,50, caindo R$ 1,00/saca.
SANTA CATARINA: Preço no porto sobe em R$ 2,00/saca, negócios seguem lentos
CONTEXTO DO DIA: Santa Catarina passa por recuperação de preços após atingir um fundo ontem e volta a se valorizar em R$ 2,00/saca. Os preços vistos no dia chegaram a subir em R$ 3,00/saca, mas no fim não foram capazes de se manter, em contexto semanal a movimentação de Santa Catarina é bem pouco notável em termos de preços e dentro do esperado em termos de negócios. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 137,00 para abril com entrega imediata, marcando alta de R$ 2,00/saca.
PARANÁ: Dia de poucos movimentos, baixa de R$ 2,00/saca em Ponta Grossa
CONTEXTO DO DIA: Da mesma forma como visto em diversas diferentes posições por todo o Brasil, mercado paranaense segue lento, recebendo poucos benefícios pelas altas do mercado internacional e de forma geral não mudando de posição. As variações de preços que temos visto no decorrer da semana tendem a marcar retorno até sexta-feira ou recomeçar nos níveis anteriores na segunda-feira, o clima segue baixista, mas controlado. NO PORTO: cif Paranaguá marcou baixa de R$ 1,00/saca, indo a R$ 135,00 com pagamento em 30/07 e entrega em julho. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou baixa de R$ 2,00/saca, indo a R$ 129,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram queda de R$ 1,00/saca, indo a R$ 118,00, R$ 118,00 e R$ 117,00 respectivamente. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 125,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações negativas, com o grão de soja passando por baixa de 0,79%, o farelo em baixa de 1,96% e o óleo em alta de R$ 0,96%. O dólar por sua vez marca baixa de 1,14%, sendo cotado a R$ 4,8068 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Mais um dia sem movimentos, mercado muito devagar
CONTEXTO DO DIA: O padrão tem se repetido incansavelmente, preços caem, ficam parados no próximo pregão, sobem no terceiro, voltam a cair e assim continua preenchendo com muita dúvida o produtor regional. Apesar desse cenário com volatilidade constante os negócios não param e a região seguem com escoamento avançado. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram manutenção – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 118,00, em Maracaju a R$ 117,00, em Sidrolândia a R$ 116,00, em Campo Grande a R$ 118,00 e em Chapadão do Sul a R$ 115,00.
MATO GROSSO: Dia dividido entre altas e baixas, negócios seguem ocorrendo
CONTEXTO DO DIA: Preços seguem sofrendo impactos advindos do mercado internacional. No dia de hoje, pouco se viu de diferença em relação ao último pregão, negócios seguem mais fracos após os altos volumes de semana passada, com preços sendo fortemente impactados em especial pelo câmbio. Apesar disso a constância é mantida, não se vê parada completa nas negociações em nenhum dia, na verdade com a safra de milho na porta isso não pode ocorrer, pois existe a necessidade de liberar os armazéns. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 111,72 marca queda de R$ 0,80/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 107,85, com alta de R$ 0,59/saca. Nova Mutum a R$ 108,99, com alta de R$ 0,57/saca. Primavera a R$ 112,18 após queda de R$ 0,77/saca. Rondonópolis a R$ 114,75 após queda de R$ 0,76/saca. Sorriso, por fim, a R$ 106,91, após alta de R$ 0,54/saca.
MATOPIBA: Preço de Balsas se valoriza em R$ 7,50/saca, mas demais posições seguem divididas
CONTEXTO DO DIA: Embora a importância do complexo do MATOPIBA seja crescente a níveis nacionais, se aproximando cada vez mais dos 15% da fatia do mercado, a conjuntura interna ainda se mostra muito nebulosa, sendo muito difícil reter informações concisas a respeito do escoamento dessas regiões. No entanto, é fácil notar que os preços destas regiões tendem a ser os mais baixos, caem rápido a qualquer variação de demanda estrangeira e se valorizam devagar diante desse clima de incerteza, altas gerais são raridade e geralmente ocorrem após baixas atípicas para o período, como no caso das de ontem. PREÇOS PRATICADOS: Balsas vai a R$ 122,00 após alta de R$ 7,50/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 117,00 sem novos movimentos. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi a R$ 111,90, após desvalorização de R$ 3,60/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 120,00, sem movimentos. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 112,00, com baixa de R$ 2,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica