Por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 07/08
O contrato de soja para agosto24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,80%, ou $ -8,25 cents/bushel a $ 1020,25; A cotação de setembro24, fechou em baixa de -0,86 % ou $ -8,75 cents/bushel a $ 1005,25 O contrato de farelo de soja para setembro fechou em baixa de -1,98 % ou $ -6,9 ton curta a $ 340,8 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em alta de 1,38 % ou $ 1,38/libra-peso a $ 42,25.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. Nova sessão em queda, com a menor cotação para dezembro desde outubro de 2020. Além da já sabida safra cheia nos EUA, o ritmo de vendas, principalmente para a China, é desanimador. O Brasil, principal concorrente da soja americana, exportou 11,25 milhões de toneladas em julho, 16% acima do mesmo mês no ano passado, segundo a ANEC.
O órgão estima as exportações de agosto em 7,84 milhões de toneladas, 3% acima do mesmo período do ano passado. Enquanto isso, os armazéns americanos seguem cheios.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-CONTINUAM AS CHUVAS FRACAS
Perspectivas de colheita abundante nos Estados Unidos, devido ao bom estado das lavouras e às condições ambientais que permanecem favoráveis ao desenvolvimento das plantas. Chuva fraca foi relatada hoje no oeste de Iowa; nas Grandes Planícies e – um pouco mais importante – em Minnesota.
CHINA-LENTIDÃO NA DEMANDA
A lentidão com que a procura chinesa continua a operar nos Estados Unidos também influenciou, mesmo após a queda significativa dos preços das oleaginosas. Acrescente-se que ontem surgiram rumores de compras à China, mas hoje o USDA não deu confirmação a esse respeito e isso também pesa no ânimo das operadoras.
EUA-VENDAS PARA ABRIR ESPAÇO
E dado que os preços não parecem ter um horizonte ascendente num futuro próximo, os produtores americanos que precisam de espaço nos seus armazéns para abrigar a nova colheita de cereais secundários estão liquidando os seus estoques e a retroalimentando a tendência de baixa do mercado.
EUA-ÓLEO DE SOJA PODERÁ SE BENEFICIAR DE DISPUTAA COM ÓLEO DE PALMA E ÓLEO DE COZINHA
A melhora alcançada no valor do óleo não foi suficiente para evitar a queda da soja (a posição de setembro somou US$ 26,90 e ficou com reajuste de US$ 927,47 por tonelada), que atendeu ao anúncio da Agência de Meio Ambiente dos EUA Agência de Proteção de uma análise mais aprofundada que será realizada sobre o caráter sustentável do biodiesel produzido a partir de óleo de cozinha usado, do qual a indústria obtém diversos benefícios.
Os operadores especulam que se a análise determinar que parte deste óleo provém de fontes insustentáveis, como o óleo de palma associado à desflorestação em países como a Indonésia, a sua utilização poderá ser restringida e poderá surgir mais procura do biodiesel produzido com base no óleo de soja.
BRASIL-ALTA DO REAL
A valorização do real frente ao dólar pelo segundo dia consecutivo tira alguma pressão do mercado norte-americano, que, no entanto, como indicamos anteriormente, deve receber algum estímulo do lado da demanda para que os preços “parem de cair”.
Fonte: T&F Agroeconômica
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