Como alternativa e ferramenta no controle de insetos em culturas agrícolas, a tecnologia Bt apresenta característica interessantes para a sustentabilidade do sistema produtivo.  A tecnologia consiste na inserção de um gene tóxico ao inseto no DNA da planta, esse gene não traz nenhum risco à saúde de nenhum outro organismo vivo se não os insetos alvos.

 Dentre as culturas que utilizam a tecnologia Bt, o milho se destaca por apresentar a maior opção de proteínas, sendo sete delas para controle de lagartas e uma para controle de larva alfinete (Diabrotica speciosa). Ao receber a inserção do gene, as plantas expressão algumas proteínas do Gênero cry, sendo estas responsáveis pelo controle de pragas. Normalmente, as proteínas do gênero cry são produzidas pelas bactérias Bacilos thuringiensis (Bt). Segundo BOBROWSKI et. al, (2003), o emprego da tecnologia Bt pode diminuir os custos com aplicações de inseticidas, controle eficiente das pragas e segurança na utilização em vista que as proteínas não são prejudiciais a saúde humana e inimigos naturais. Na tabela 1 é possível visualizar algumas culturas, genes cry e pragas controladas

Veja também: Soja Bt – Quais as espécies Controladas?

Tabela 1. Tecnologias de milho, algodão e soja Bt comercialmente cultivadas no Brasil.

Fonte: BERNARDI et. al, (2016).

A partir da ingestão de partes de plantas com a tecnologia Bt, a proteína cry se liga a receptores específicos no intestino do inseto causando sua morte. Contudo, quando utilizada continuamente sem o adequado manejo, a tecnologia Bt pode apresentar dificuldades no controle aos insetos. Isso por que a utilização contínua de um mesmo mecanismo para controle dos insetos pode causar resistência em alguns indivíduos.


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BERNARDI et. al, (2016) explica que a resistência é proveniente do processo de seleção de indivíduos, sendo que com o uso continuo da tecnologia, alguns indivíduos por processos de mutação podem desenvolver resistência ao mecanismo e passar essa resistência para suas futuras gerações, tornando ineficiente o controle a partir da tecnologia Bt.

Para manter a eficiência da tecnologia Bt, é necessário que se realize o manejo integrado de pragas (MIP). Quando utilizada a tecnologia Bt, é recomentado que se façam áreas de refúgio próximas as áreas com a cultura Bt, para permitir o acasalamento de indivíduos resistentes e suscetíveis à tecnologia. Contudo, as dimensões e disposições da área de refúgio devem seguir as recomendações da empresa detentora da tecnologia.

Durante a terceira temporada do Dicas Mais Soja, o Dr. Juliano Farias, professor e pesquisador da URI – Campus Santo Ângelo, comentou sobre e tecnologia Bt, bem como as proteínas que são utilizadas, as que apresentam resistência e como devem ser manejadas essas tecnologias.

Veja o Vídeo abaixo 

 

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Referências:

BERNARDI et. al,. MANEJO DA RESISTÊNCIA DE INSETOS A PLANTAS Bt. Promip – Manejo Integrado de Pragas, ed. 1, 2016.

BOAS PRÁTICAS AGRONÔMICAS. PLANTAS BT: O QUE SÃO E PARA QUE SERVEM. Disponível em: https://boaspraticasagronomicas.com.br/noticias/plantas-bt/, acesso em 26/02/2020.

BOBROWSKI et. al,. GENES DE Bacillus thuringiensis: UMA ESTRATÉGIA PARA CONFERIR RESISTÊNCIA A INSETOS EM PLANTAS. Ciência Rural, v. 33, n. 5, set/out. 2003.

Redação: Maurício Siqueira dos Santos – Eng. Agrônomo.

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