A resposta vem dos fatos. O que está acontecendo com os quatro principais fatores que fazem o preço da soja subir ou cair – dólar, prêmio, Chicago e frete?
1. O dólar também está patinando, como mostramos acima. Veja-se o gráfico que acompanha nossa secção de câmbio, onde mostramos, com um traço, que há uma forte resistência a R$ 5,2790 que a moeda americana já tentou ultrapassar quatro vezes neste mês de abril e voltou.
Além disto, os governos de todo o mundo estão tentando proteger as suas economias, que significa que estão lutando para que o dólar baixe, inclusive os EUA, que estão perdendo competitividade no mundo todo. No agronegócio, perdem para o Brasil na soja e no milho e no trigo para a Rússia.
Como temos mostrado todas as segundas-feiras, os analistas das 100 maiores instituições financeiras do país acreditam que a tendência do dólar é a de voltar para algo ao redor de R$ 4,60/R$4,80 antes do final do ano;
2. Os prêmios: em 17 de janeiro o prêmio da soja brasileira para Maio em Paranaguá era de 60 cents; em 18 de fevereiro era de 60 cents; em 18 de março era de 70 cents e neste 17 de abril está a 66 cents, o que significa que não subiu nada, mas, ao contrário caiu 4 cents o que equivale a US$ 1,5/tonelada em relação a março. Os prêmios estão, como se pode ver, também andando de lado;
3. Chicago: As cotações da soja em Chicago estão um desastre: em 02 de janeiro passado estavam a $ 980,00/bushel e hoje fecharam a $832,50, isto é registraram uma queda de 147,5 pontos ou 5 limites de baixa, difíceis de recuperar a curto prazo, como se pode ver no gráfico que colocamos ao lado dos comentários deste pregão, todos os dias. E nem se pode dizer que as cotações estão andando de lado, porque estão derretendo, mesmo;
4. Os fretes: os fretes de Cruz Alta para Rio Grande subiram 13,85% nos últimos 30 dias e os de Maringá para Paranaguá subiram 4,72% e os do Centro-Oeste do Brasil subiram em média 13,78%, aumentando o custo e reduzindo o lucro dos vendedores.
Fonte: T&F Agroeconômica
