Há alguns meses venho trazendo informações que ilustram, explicam e demonstram como a fertilidade de solos, nutrição de plantas e uso racional de fertilizantes são pilares fundamentais para a sustentabilidade da produção agrícola. Ao mesmo tempo que os avanços na ciência e tecnologia têm criado ferramentas inovadoras para diagnóstico e recomendação, o nível de complexidade para a tomada de decisão tem aumentado na mesma proporção, visto a grande quantidade de dados e informações.

Um exemplo disso ocorreu comigo durante um bate-papo sobre adubação com uma equipe extremamente técnica e que presta consultoria para produtores rurais. Ao final da apresentação, um aviso saltou no “chat” com a seguinte pergunta: “Por onde devo começar e quais informações são necessárias para ofertar o melhor pacote de adubação para meu cliente?”. Entendendo toda a complexidade da pergunta, me questionei sobre quais seriam as etapas básicas para recomendação de adubações eficientes. Após alguns dias – e de folhas e folhas de papel rabiscados e amassados – cheguei a 5 passos básicos que, se seguidos, ajudarão muito na definição de critérios e de fontes de informações para a tomada de decisão.

Passo 1 – Entenda o todo: a adubação é uma parte do processo produtivo e dependente de vários outros fatores como equipamentos, capacidade operacional, mão de obra e até mesmo a forma do produtor rural conduzir sua atividade. Tão importante quanto definir o que fazer é entender se tudo o que foi planejado conseguirá ser executado ao final do processo. Entenda como a propriedade funciona e avalie se há pontos de atenção ou de limitação que poderão interferir negativamente no processo de adubação.

Passo 2 – Faça o diagnóstico, com o maior nível de detalhe possível sobre o que está sendo feito na área em relação ao manejo de solo e problemas ou limitações já conhecidas. Comento sempre muito sobre a análise de solo, entretanto, lembro que não são apenas as características químicas que definem o sucesso da adubação. Entender se há problemas relacionados a física do solo como erosão ou compactação ou mesmo se existem desbalanços nas suas funções biológicas são informações fundamentais para prever o desempenho dos fertilizantes. Um solo saudável deve permitir que os processos químicos, físicos e biológicos sigam seu curso natural com a menor interferência possível, ou seja, de forma sustentável. Mas, claro! Não descuide de amostragem do solo: não há como fazer uma boa recomendação a partir de uma amostragem e análise de solo ruins.

Passo 3 – Defina o critério de interpretação e recomendação. A pesquisa oficial brasileira fez um maravilhoso trabalho nas últimas décadas gerando critérios para interpretação de teores de nutrientes no solo e tabelas para recomendação de adubação para diversas culturas e regiões. Estas recomendações foram criadas a partir de inúmeros trabalhos de calibração de doses e fontes de nutrientes em diversos solos e são um importante ponto de partida para a definição do critério da recomendação de adubação. Entretanto, como todo método científico, estas possuem limitações visto serem preparadas para representar, em alguns casos, todos os solos de um estado ou mesmo regiões inteiras. Assim, com a ajuda das tabelas, defina as classes nas quais os teores de nutrientes se enquadram (muito baixo, baixo, médio, alto, muito alto), encontre a dose recomendada para esta situação, mas não deixe de fazer o ajuste fino considerando variáveis importantes como a expectativa de produtividade, histórico da área, previsão climática para a safra e, sem dúvida, a experiência do produtor. Se quiser uma ajuda um pouco mais sofisticada, lembro que já existem ferramentas eletrônicas e aplicativos que ajudam muito na interpretação e definição das doses por meio de algoritmos muito precisos.

Passo 4 – Com as doses de nutrientes definidas, encontre fertilizantes que se encaixem às necessidades do seu solo e cultura. Atualmente há uma grande quantidade de opções de produtos e formulações de fertilizantes que atendem quase que a totalidade das possíveis combinações de nutrientes. Selecione os fertilizantes de acordo com a recomendação e, se necessário, ajuste doses e manejo para que se encaixem muito próximo ao que foi planejado. Não se deixe levar pelo “produto que sempre foi utilizado” ou mesmo pelo “produto que é mais fácil de comprar”; lembre-se de toda energia, tempo e dedicação que foram investidos para definir as doses de nutrientes. Busque fornecedores confiáveis, que ofereçam opções que atendam a sua necessidade e que tenham em seu portfólio produtos eficientes, comprovados e que facilitem o operacional da propriedade. Produtos com performance aumentada e que possuam tecnologias que melhorem a eficiência de uso são ferramentas poderosas para gerar lavouras mais sadias e produtivas.

Passo 5 – Aplique e distribua os fertilizantes da melhor forma possível. A partir do momento em que o fertilizante chega na propriedade, a recomendação sai do papel e vai, literalmente, para o campo. Todo o planejamento da adubação se materializa em produtos que contém nutrientes que serão aplicados com objetivo final de corrigirem o solo e serem absorvidos por cada planta. Independentemente se a sua opção é trabalhar com dose fixa de fertilizantes, utilizar-se de zonas de manejo ou mesmo trabalhar com aplicações em doses variáveis, certifique-se de que o foi planejado é o que está sendo executado pelos equipamentos. Não é raro encontrarmos casos nos quais a eficiência da adubação foi prejudicada por uma falha na regulagem das máquinas ou por má qualidade dos produtos. Para não errar, lembre-se e pratique sempre os 4 C´s (nutriente correto, dose correta, local correto, momento correto).

Estes cinco passos têm por objetivo criar uma cronologia das atividades que devem ser consideradas para a definição de adubações racionais e eficientes. Admito que cada um deles poderá tomar horas e horas de trabalho e reflexão e que, em algum momento, você não terá todas as respostas e informações necessárias. De qualquer forma, como tudo o que fazemos em nossas vidas, quanto mais praticamos, mais aprendemos e nos preparamos para uma tarefa. E a nossa missão em relação às adubações é de fazermos de forma eficiente, aumentando a produtividade e sustentabilidade da produção.

E é pensando em fazer adubações de forma racional e respeitando a grande diversidade de solos, culturas e manejos que fazem com que a Mosaic Fertilizantes desenvolva e recomende produtos como o Performa, linha de fertilizantes de alto desempenho que combina o que há de mais avançado em tecnologias para proporcionar maior eficiência das adubações e aumentar a produtividade, rentabilidade e sustentabilidade das lavouras. A solução possui o melhor das tecnologias da empresa em fertilizantes – MicroEssentials, Aspire e K-Mag – contendo macro e micronutrientes em teores equilibrados e com disponibilidade imediata e gradual, proporcionando alto rendimento operacional e distribuição eficaz em campo. Todas essas características geram incrementos na absorção de nutrientes, melhor nutrição das lavouras e resultam em aumento de produtividade, como por exemplo, para a cultura da soja de até oito sacas por hectare se comparado com adubações convencionais.

Autor: Flávio Bonini, gerente de Serviços Técnicos da Mosaic Fertilizantes

Fonte: Assessoria de imprensa Mosaic Fertilizantes

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