O USDA divulgou no dia 10.11 as novas estimativas de oferta e demanda para o cereal. Os principais destaques ficaram com os Estados Unidos: o país ainda sente reflexos das condições climáticas enfrentadas ao longo do desenvolvimento do grão, e, de acordo com os dados, a produção caiu 5,46 milhões de toneladas, ficando estimada em 368,49 milhões de toneladas.

Do outro lado, a demanda para exportação pode crescer 8,26 milhões, justificada pelo maior consumo chinês, que tem negociado volumes recordes de milho, mesmo com o limite de importação imposto pelo governo. Com isso, os estoques finais estadunidense apontam mais uma baixa e são esperados agora 43,23 milhões de toneladas, queda de 21,46% em relação à última estimativa.

No Brasil, as estimativas para a temporada 2020/21 de milho foram mantidas, a atenção quanto aos impactos da safra verão e safrinha deve estar no radar do departamento.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• Os preços em MT seguiram a queda do dólar e o prêmio portuário, fechando a semana em queda de 4,08% em relação à semana passada.

• Na CME o contrato corrente do milho operou em campo misto. No entanto, a média semanal fechou em alta de 1,91% em relação à semana passada, ficando cotada a US$ 4,13/bu.



• A demanda recuou na semana anterior e o prêmio no porto de Santos apresentou uma redução de -5,62% em relação à semana passada.

• O dólar recuou 3,31% se comparado ao preço da semana passada. Os resultados favoráveis para as vacinas contra a Covid-19 e vitória de Biden tem refletido na desvalorização da moeda.

Superando Chicago:

No ano de 2020 o mercado do milho brasileiro atingiu patamares históricos, em Mato Grosso não foi diferente. Como observado no gráfico, o preço do cereal em MT em relação ao preço cotado na CME em R$/sc tem se distanciado. Para se ter uma ideia, no mesmo período de novembro de 2019 o diferencial de base estava em R$ -8,20/sc, e já para o ano atual encontra-se em R$ +9,74/sc, valor que representou um alargamento na base de 218,84%.

Reflexo disto é a conjuntura atual que está vinculada a diversos fatores, entre eles o aumento da demanda interna do cereal (com a maior procura do setor da indústria de etanol), seguido do alto percentual comercializado e consequentemente menor oferta do grão, no momento.

Contudo, com a redução nos estoques de milho nos EUA, como divulgado pelo USDA, o preço do contrato corrente na CME pode apresentar variações positivas ao longo da safra e estreitar o diferencial de base, mantendo maior equilíbrio.

Fonte: IMEA

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