O USDA divulgou seu relatório mensal de oferta e demanda na última semana. Houve redução na produção estimada dos EUA (que estão finalizando a colheita) de 2,65 milhões de t e da Argentina, de 2,50 milhões de t (devido ao tempo seco e condições de La Niña para os próximos meses).

Estes dois países, mais o Brasil, são os principais produtores de soja. Por isso, a redução causou pressão nos estoques, que ficaram estimados em 86,52 milhões de t em nível mundial (safra 20/21), o menor valor desde a safra 15/16.

O recuo nas estimativas fez as cotações da oleaginosa em Chicago ultrapassarem US$ 11,40/bu no contrato corrente e no contrato mar/21, algo não visto há muitos anos. Esta valorização impactou nas cotações em MT, apesar do recuo do dólar nos últimos dias.

Com isso, o Indicador Imea-MT e o preço paridade exportação mar/21 fecharam em elevação de 0,88% e 0,81% na média semanal, respectivamente.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• Os contratos futuros em Chicago valorizaram mais de 4,00% na semana, com o contrato corrente ficando na média de US$ 11,33/bu e o de vencimento mar/21 fechando acima deste patamar, a US$ 11,39/bu.

• O dólar recuou 3,09% ante o real na semana, influenciado pelas boas perspectivas econômicas após a vitória de Biden nos EUA e devido à divulgação de resultados satisfatórios das vacinas contra a Covid-19.



• A semeadura em Mato Grosso atingiu 94,06% das áreas esperadas, avanço de 10,82 p.p. em relação à semana passada. Este valor continua abaixo ao da safra 19/20, porém, está acima da média dos últimos cinco anos.

• O estado já bateu recorde de exportações em 2020 e, devido à pouca disponibilidade de soja no mercado, os escoamentos recuaram em outubro.

Esmagamento recorde:

Em out.20 foram processados 0,94 milhão de t de soja em MT, valor 18,84% superior ao de set.20. Um dos motivos que explicam este volume recorde para outubro é que algumas indústrias resolveram parar suas atividades em setembro para adiantar as manutenções de final do ano.

Como a estimativa do Imea é de que sejam esmagadas 10,21 milhões de t em 2020, faltariam apenas 1,30 milhão de t para serem processadas nos próximos dois meses. Além disso, é válido destacar os constantes recordes do estado quanto ao esmagamento: na comparação com outras unidades da federação, MT vem renovando máximas históricas há vários meses.

Porém, vale a lembrança de que alguns estados, principalmente na região sul do país, tiveram quebra de safra recentemente, o que reflete na menor oferta de produto para a indústria em nível nacional. De qualquer maneira, pode-se sublinhar a importância e o crescimento de Mato Grosso na agregação de valor à soja.

Fonte: IMEA

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