O USDA divulgou seu relatório semanal de condições das lavouras da soja para a safra 2020/21 nos EUA. O relatório, que possui grande influência no mercado de grãos, mostra que os 18 estados americanos já semearam 96,00% da área, valor acima da média dos últimos cinco anos, e que 70,00% das lavouras apresentam condições boa (58,00%) ou excelente (12,00%).
Apesar da possibilidade de menores volumes de chuva nos próximos dias em parte do cinturão verde norte-americano, a previsão climática para os próximos três meses (NOAA) indica chuva dentro ou acima da média para a região, o que leva o mercado a acreditar em uma grande safra.
Assim, se as estimativas do USDA se confirmarem, os EUA terão em 2021 a segunda maior safra da história do país, com uma produção de 113,00 milhões de t, mas ainda menor que a brasileira, que, segundo a entidade, pode chegar a 131,00 milhões de t na próxima temporada.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• O Indicador Imea-MT apresentou alta de 9,29% nesta semana, a R$ 97,66/sc, movida pela elevada demanda interna para esmagamento e pelo avanço do dólar.
• As cotações do contrato corrente da CME-Group aumentaram 0,60% na média semanal com o otimismo do mercado quanto às vendas de soja norte-americana para a China.
• A paridade exportação alcançou alta na semana de 6,28%, sob influência da nova valorização do câmbio, dos prêmios e da alta em Chicago.
• A redução da taxa Selic para 2,25% impulsionou o câmbio, que apresentou alta de 5,98%, cotado a R$ 5,25/US$ na média semanal.
Mais exportações:
O USDA divulgou nova estimativa de oferta e demanda para a soja 19/20 em junho. Segundo o departamento, a produção mundial ficará em 335,35 mi de t, queda de 0,22% em relação à estimativa do mês anterior.
Para a safra norte-americana os níveis de consumo interno (esmagamento) aumentaram 0,70% em relação às estimativas de maio, apoiados no aumento das margens das indústrias processadoras. Já no Brasil, as exportações devem chegar a 85,00 mi de t na safra 19/20, aumento de 1,00 mi de t ante a estimativa realizada em maio.
O principal destino da soja brasileira, a China, deve importar a segunda maior quantidade de soja da história, 94,00 mi de t, o que representa apenas 0,10 mi de t a menos que a importação total do país asiático na safra 17/18 (quando atingiu seu recorde!). Por fim, vale salientar que o Brasil deve ter o menor estoque dos últimos quatro anos, o que pode vir a refletir nos preços internos nos próximos meses.
Fonte: Imea