O milho voltou a recuar no início da semana, em Chicago, chegando a US$ 3,95/bushel no dia 08/07, para o primeiro mês cotado. Entretanto, na sequência, se recuperou um pouco, fechando o dia 11/07 em US$ 4,06 contra US$ 4,03 no dia 03/07.
O mercado também espera com expectativa o novo relatório de oferta e demanda, a ser divulgado no dia 12/07 e que iremos comentar em detalhes no próximo boletim.
Dito isso, no dia 07/07 as lavouras entre boas a excelentes subiram para 68% nos EUA, contra 55% um ano atrás. Ao mesmo tempo, 24% das lavouras estadunidenses estavam em fase de embonecamento, contra 14% na média histórica para a data.
Já as exportações estadunidenses de milho, relativas à safra 2023/24, atingiram a 357.200 toneladas na semana encerrada em 27/06, ficando 34% menores em relação a semana anterior e 57% mais baixas do que a média das quatro semanas anteriores.
Assim, no total do atual ano comercial os EUA exportaram 53,7 milhões de toneladasaté o momento, contra pouco mais de 39 milhões no ano passado no mesmo período.
O governo estadunidense espera exportar 54,6 milhões de toneladas neste ano comercial.
E no Brasil, os preços do milho sofreram pressão de queda, diante da valorização do Real e da pressão da colheita da safrinha.
Neste contexto, o Mato Grosso já colheu, até o início da presente semana, 76,3% da área semeada, contra a média histórica de 59,3%. Já as vendas de milho, no corrente ano comercial, chegam a 45,4% do total a ser colhido, sendo que o preço médio, em junho, ficou em R$ 38,43/saco naquele Estado. Em relação a futura safra, as vendas atingem a 4,7% do total esperado. (cf. Imea)
Em termos de todo o Centro-Sul, a colheita da safrinha, até o dia 04/07, havia chegado a 63% da área, contra 26% no mesmo período do ano passado. (cf. AgRural) Já a Conab indica uma colheita de 61,1%.
Por sua vez, a comercialização da segunda de safra de milho no Centro-Sul brasileiro atingiu a 34% do total neste início de semana. O total a ser colhido está esperado em83,6 milhões de toneladas, contra 99 milhões um ano antes. (cf. Safras & Mercado)
E no Mato Grosso do Sul, a Famasul apontou que a colheita da safrinha teria atingido a 29,6% da área total neste início de semana, sendo que 40,5% do que faltava colher estava em condições boas, 25,7% regulares e 33,8% ruins.
Enfim, segundo a Secex, o Brasil exportou 223.562 toneladas de milho na primeira semana de junho. Este volume é apenas 5,3% do total exportado em todo o mês de julho do ano passado. Assim, na média diária dos dias úteis da primeira semana a exportação ficou 77,8% mais baixa do que a média diária de julho do ano passado. O milho brasileiro está menos competitivo no mercado mundial neste momento. Mesmo assim, espera-se um total exportado, em julho, de 4,09 milhões de toneladas após revisões feitas pela Anec.
Fonte: CEEMA – UNIJUÍ – Prof. Dr. Argemiro Luís Brum