Antes das chuvas, com um cenário quase tão seco quanto em 2009, a área trigal argentina corria o risco de cair 1 milhão de ha em relação ao ciclo 2022/23. Agora, após a recuperação hídrica no leste, a queda ano a ano é estimada em apenas 5%.
Acima do limite e contra as estatísticas, as chuvas do final de maio salvaram o plantio de trigo
Por falta de água, a semeadura argentina de trigo 2023/24 poderia ter sido uma das mais baixas da década. O déficit que a região dos Pampas vinha sofrendo devido à superseca na Argentina e a situação do outono delineavam um cenário de semeadura quase tão seco quanto em 2009. Mas o evento pluviométrico de maio deixou acúmulos que dobraram e até triplicaram as médias mensais no leste, deixando para trás cenários de plantio que cortaram 1 milhão de hectares e ainda mais.
A campanha da soja está chegando ao fim, mas os descontos continuam: passa de 21,5 para 20,5 Mt produzidas em junho
Com 96% de avanço na safra, chegou o fim de uma campanha extremamente ruim. E os ajustes negativos na soja continuam: de maio a junho a produção cai mais um milhão de toneladas. Dessa forma, haverá 58% menos soja do que o esperado no início da campanha .
De maio a junho, a produtividade nacional cai abaixo de 1.700 kg/ha, o menor nível dos últimos 15 anos. Com uma perda de área estimada de 3.654 M ha, e uma área plantada de 16 Milhões de hectares, a produção estimada em junho é de 20,5 Mt.
Fonte: Bolsa de Cereais de Rosário – Argentina