Recorde em março: De acordo com o último levantamento de esmagamento de soja em Mato Grosso referente ao mês de março, foram esmagadas aproximadamente 936,2 mil toneladas, sendo este o maior volume da série histórica, alta de 9,67% quando comparado a fevereiro.

Analisando o histórico, o esmagamento no estado tem seus maiores volumes entre os meses de março e maio, período de maior oferta de grãos, o que possibilita um nível maior de esmagamento. Apesar do volume recorde, é importante salientar que a margem bruta vem reduzindo, registrando em março queda de 4,88% em relação ao fechamento de fevereiro, sendo que um dos fatores para este recuo é a desvalorização do farelo no mercado internacional.

Para o ano, o Imea estima que Mato Grosso esmague cerca de 9,91 milhões de toneladas de soja, o que, caso se concretize, será o maior volume na série histórica.

Confira os principais destaques do Boletim:

O indicador Imea – MT encerrou a semana com recuo de 0,39% e média de R$ 62,92/sc,
devido, principalmente, à queda na bolsa de Chicago, apensar da valorização do dólar.

• O contrato corrente CME – Group fechou a semana com uma desvalorização de 2,83%,
influenciada, principalmente, pelos altos estoques de soja americanos.

• A paridade de exportação do contrato mar/20 finalizou a semana com desvalorização de
2,65%, seguindo os fundamentos da maior oferta.

• O dólar corrente encerrou a semana a R$ 3,95/US$, apresentando uma valorização de
1,03%, sobretudo por causa da instabilidade política na reforma da previdência.

EM QUEDA: As rações que alimentam os rebanhos suínos chineses têm como base o farelo de soja, por isso, este mercado é diretamente afetado pelos surtos de Febre Suína Africana (FSA) registrados no país asiático.

O primeiro surto da doença — altamente mortal aos suínos — na China ocorreu no início de agosto de 2018, e desde então se espalhou por todo o país, afetando milhões de cabeças. A redução do número de suínos devido à doença faz com que haja um menor consumo de ração, o que impacta diretamente na demanda da soja e seus subprodutos, como o farelo.

Desde ago/18 as cotações do farelo de soja na bolsa de Dalian-DCE, na China, recuaram 15,09%, e em 2019 acumulam queda de 5,76%. O enfraquecimento da demanda influencia as importações de soja pela China, que já reduziram 14,33% em 2019 comparado ao ano passado. Sem sinais de controle da doença, ainda é incerto qual será o real impacto em toda a cadeia da soja mundial.



Fonte: IMEA

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