De acordo com os dados divulgados pelo USDA nesta segunda-feira, a semeadura de milho nos Estados Unidos já se encontra em 17,0% das áreas totais cultivadas. Assim, os trabalhos a campo registraram um avanço de 9,0 p.p. em relação a semana anterior, porém, está abaixo da média dos últimos 5 anos que é de 20,0%.

Embora, a semana anterior tenha sido marcada por um cenário de incertezas provocada pela tensão quanto o clima frio e seco que vinha atingindo o meio-oeste e as grandes planíces, na sexta-feira foi reportado maiores temperaturas sobre as regiões produtoras, o que favorece o avanço do plantio e o desenvolvimento da lavoura.

Assim, as condições climáticas seguem sendo acompanhadas pelos produtores que podem migrar algumas áreas destinadas a milho para a produção de soja, caso seja necessário, o que poderá influenciar as cotações dos preços no mercado internacional e consequentemente em Mato Grosso.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• O indicador Imea-MT apresentou elevação de 2,41% em relação à semana passada. Desse modo, o preço médio do milho disponível na semana ficou em R$ 75,81/sc.

• Na CME o contrato corrente registrou elevação de 7,25% em relação à semana passada. Assim, as cotações ficaram em US$ 6,26/bu na média semanal.

• As cotações do milho na B3 registraram alta de 1,19%, sendo provocado pela baixa disponibilidade e a firme demanda do milho. Com isso, o preço médio na semana do cereal ficou em R$ 103,45/sc.

• As praças de MT e Chicago se distanciaram e alcançaram os R$ 5,85/sc na última semana, após as cotações do cereal no mercado internacional dispararem.

Milho e DDG:

Em 2021, com a estimativa de adição na produção de etanol de milho em Mato Grosso, é esperado que a oferta de DDG, coproduto do biocombustível, também aumente no estado. Contudo, este resultado não tende a pressionar os preços, uma vez que, a cotação do coproduto exibe correlação linear positiva com a do milho, ou seja, se um sobe o outro acompanha o movimento.

Como pode ser observado no gráfico ao lado, desde o início de 2020 (exceto no período de colheita do milho) até 16/04/21, os preços do DDG e do cereal seguiram a mesma tendência, com alta de 148,76% e 100,15%, respectivamente.

Sendo assim, com a projeção de queda na produção estadual de milho na safra 20/21, devido a semeadura de algumas áreas fora da janela ideal, somado a possível quebra de safra em outros estados, em função dos baixos volumes de chuvas, as cotações do cereal podem continuar sendo puxadas para cima no mercado interno, o que pode sustentar os preços do DDG em MT.

Fonte: IMEA

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