Na última semana, foram divulgados pela Secex os dados de exportação do milho brasileiro referentes a agosto. Conforme os números, os escoamentos do cereal totalizaram 4,33 mi de toneladas no mês, alta de 117,82% ante os volumes registrados em julho.
Esse aumento foi pautado pelo avanço da colheita nos estados produtores do país, que já sinalizaram mais de 90,00% dos trabalhos concluídos, segundo a Stonex. Entretanto, mesmo com o avanço, os volumes exportados em agosto ficaram 30,56% abaixo do registrado no mesmo período de 2020, devido a menor produção brasileira.
Com relação a MT, o fim da colheita levou a um incremento de 71,00% nas exportações em agosto ante a julho, assim, foram destinadas 2,91 mi de toneladas de milho ao exterior. No entanto, as exportações ficaram 31,08% abaixo dos volumes escoados no mesmo período da safra 19/20.
Por fim, MT apresentou uma representatividade de 67,26% nos volumes exportados, tendo como principal destino o Irã, com 426,21 mil t importadas do estado.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Redução: o preço médio do milho disponível em MT apresentou uma redução de 6,14% em elação a semana passada. Assim, o indicador Imea ficou na média de R$ 68,76/sc.
- Recuo: as cotações corrente do cereal na CME- Group caíram 4,33% no comparativo semanal. Com isso, o preço médio do cereal norte-americano ficou em US$ 5,00/bu.
- Queda: a diferença das cotações entre o indicador Imea-MT e o cereal na CME–Group se estreitou em 32,05% no comparativo semanal, ficando em R$ 6,27/sc.
O Imea divulgou nesta semana a estimativa de comercialização para o milho em MT.
Para a safra 20/21 foi registrado um avanço de 3,48 p.p. em agosto ante a julho, sendo o maior dos últimos dois meses e, com isso, as negociações alcançaram 86,69% da produção. Em relação ao preço, houve uma alta de 4,35% ante a julho, com valor médio de R$ 73,74/sc.
Cabe destacar que as negociações perderam força nos últimos dias do mês, pautadas pela queda no preço disponível da saca no estado. Já para à safra 21/22, MT apresentou avanço na comercialização de 2,13 p.p. em agosto ante a julho, totalizando 30,87% da produção estimada já negociada.
Vale frisar que, com grande parte dos insumos já adquiridos, os produtores diminuíram o ritmo das negociações, buscando evitar comprometer a sua produção a preços menores que os esperados para a safra, assim como ocorreu na safra 20/21. Com relação aos preços da safra 21/22, foi registrada uma alta de 3,56% ante a junho, ficando cotados na média de R$ 56,68/sc.
Fonte: IMEA
