Com a chegada de março, terá início a nova campanha do milho. No quadro atual, fruto de uma seca que já acumula três anos consecutivos do fenómeno “La Niña”, as projeções de oferta foram seriamente afetadas. Nesse sentido, segundo dados do GEA-BCR, tanto a diminuição da área plantada quanto a queda na produtividade contribuíram para que as projeções de produção fossem reduzidas em 16,7% em relação aos resultados obtidos para a campanha de 2021/22 para 42,5 milhões toneladas.
Relativamente à nova campanha de milho, de acordo com as últimas projeções, a produção deverá diminuir nas três regiões, sendo a região Norte e Centro a mais afetada, com quebras na ordem dos 20%.
No que diz respeito à demanda, projeta-se que diminua cerca de 15% para 42,9 Mt, sendo as exportações a variável de ajuste, com redução de 21% em relação à temporada anterior. Se esse valor for atingido, as vendas externas para o ciclo de negócios 2022/23 chegariam a 27,5 Mt; enquanto o consumo doméstico permaneceria praticamente inalterado em 15,4 Mt.
Estima-se que as exportações no nível do país cairão 21,4% para 27,5 Mt (vs. 35,0 Mt em 21/22), embora com grande variabilidade intrarregional.
Por fim, projeta-se que até 2022/23 os estoques finais da Argentina diminuam 10% para 3,5 Mt. Destes, 71% permanecerão em usinas e silos na região centro, caindo em relação aos 2, 8 Mt do ciclo anterior. Já nas regiões norte e sul, o carregamento para a campanha seguinte permaneceria relativamente estável em relação à campanha anterior, com 0,4 e 0,7 Mt, respectivamente.
Fonte: Bolsa de Comércio de Rosário – Argentina