FECHAMENTOS DO DIA 04/04: A cotação de maio fechou em baixa de -0,61% ou $ -4,00/bushel a $ 653,75. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em baixa de -1,41% ou $ -9,00 bushel a $ 628,00.
CAUSAS DA BAIXA: O milho fechou em baixa, mantendo a tendência de realização de lucros por parte dos investidores, após uma alta expressiva do cereal nas últimas semanas. Uma melhora na condição climática no Centro-Oeste americano favorece o plantio do milho para a safra 2023/24 que já está em 2% dos 37,23 milhões de hectares previstos pelo USDA sexta-feira. Ainda como um fator de alerta. O USDA não relatou nos últimos 3 dias nenhuma compra feita pela China. O que pode indicar um desaquecimento no interesse chinês pelo milho americano.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 04/04
EUA-USO PARA ETANOL NOS EUA DIMINUI 9% EM FEVEREIRO, PARA 10,16 MILHÕES DE TONELADAS: O uso de milho para produção de etanol nos Estados Unidos somou 400 milhões de bushels (10,16 milhões de toneladas) em fevereiro, informou nesta segunda-feira o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume representa queda de 9% ante o mês anterior e de 2% ante fevereiro de 2022. O consumo total de milho no país para álcoois e outros fins foi de 444 milhões de bushels (11,28 milhões de toneladas) em fevereiro, queda de 10% ante janeiro e de 3% em relação a fevereiro de 2022. Do total, 91,9% foram destinados para a produção de álcoois e 8,1%, para outros fins.
BRASIL/CONAB: Segundo a estatal, 47,6% da área plantada com milho da primeira safra 2022/23 (verão) foi colhida, ante 41,9% da semana anterior – avanço semanal de 5,7 pontos porcentuais. Há atraso na comparação anual ante os 51,6% colhidos em igual período da temporada 2021/22. São Paulo lidera a retirada do cereal, com 95% da área colhida, seguido pelo Rio Grande do Sul, com 78%. O plantio do grão já foi finalizado no País. Em relação à segunda safra de milho 2022/23, chamada de safrinha, a Conab informou que o plantio no País alcançava no sábado 96,3% da área projetada, avanço semanal de 5,2 pontos porcentuais. Na comparação com igual período do ano anterior, há atraso de 3,2 pontos porcentuais, quando 99,5% da área havia sido plantada. A implantação da safrinha já foi concluída em Mato Grosso, Goiás, Piauí e Tocantins. Em São Paulo, os trabalhos de campo estão um pouco mais lentos, com 80% das lavouras cultivadas.
MATO GROSSO-10 NOVAS UNIDADES DE ETANOL DE MILHO SENDO INSTALADAS, devido à robusta produção de milho do estado, mas o secretário de Infraestrutura e Logística do MT (Sinfra-MT) alerta que “precisamos pensar em como colocar isto para fora do estado, porque não temos consumo interno para tudo isto”. Para ele, o estado precisará de mais três ou quatro ferrovias até o fim da próxima década.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
Milho fechou em nova queda de 0,83%, porque os estoques podem encostar na próxima safra
CAUSAS DA OSCILAÇÃO: Depois da correção de 1,22% do dia anterior, o mercado voltou ao seu curso normal, recuando 0,83% nesta terça-feira, diante da grande disponibilidade de produto existente à disposição das indústrias. Só o estado de Goiás, como relatamos abaixo, que não tem uma grande demanda interna, ainda dispõe de mais de 3,0 milhões de toneladas para serem comercializadas. Juntando com as disponibilidade dos demais estados, este volume chega a pouco mais de 7 MT, mais os estoques das empresas, que estão abastecidas até meados de maio. Com isto, como o consumo médio nacional está ao redor de 6,3 MT, existe a possibilidade de os estoques das empresas encostarem na próxima colheita, que inicia em junho.
OS FECHAMENTOS DO DIA 04/04: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista: o vencimento maio/23 fechou a R$ 793,93, baixa de R$ -0,67 no dia e baixa de R$ -2,65 na semana; julho/23 fechou a R$ 79,95, alta de R$ 0,04 no dia e baixa de R$ -2,13 na semana; o vencimento de setembro/23 foi de R$ 79,75, baixa de R$ -0,06 no dia e baixa de R$ -2,03 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica