Por T&F Agroeconômica

FATORES DE ALTA

a) Boas vendas de exportação americana: dados de vendas externas dos EUA publicados na quinta. Segundo o USDA, exportadores venderam 1,31 milhão de toneladas de milho na semana encerrada em 8 de fevereiro. O volume ficou mais próximo do teto das estimativas de analistas, de 1,5 milhão de toneladas.

b) Problemas na safra argentina de milho: a Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse ontem que a parcela da safra argentina em condição entre normal e excelente diminui de 85% para 83% na última semana.

c) No Brasil, estados com forte produção de carnes tiveram forte redução de produção de milho, como é o caso do RS (-44,2%, segundo a Conab), Santa Catarina (-6,6%), Paraná (-11,7%), São Paulo (-15,3%) e MS (-17,3%) exigindo maior importação de outros estados ou até do exterior (a Conab aumentou a importação de milho nesta temporada, que deve ir principalmente para SC).

2. FATORES DE BAIXA

a) Ampla oferta dos Estados Unidos e pela expectativa de mais uma colheita robusta no país em 2024/25, superior a 380 milhões de toneladas. Na quinta, durante o Fórum de Perspectivas Agrícolas, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse que o país deverá produzir 382,02 milhões de toneladas de milho na próxima temporada, queda de 1,96% ante o ciclo atual. A projeção de rendimento é de 11,36 toneladas por hectare, alta de 2%. Já a área plantada deve diminuir 3,8%, para 36,83 milhões de hectares, disse o USDA. Quanto aos estoques ao fim de 2024/25, a estimativa é de aumento de 16,6%, para 64,31 milhões toneladas;

b) Estoques mundiais maiores: Segundo o USDA, são 22 milhões de toneladas a mais; segundo o IGC, são 12,2 milhões de toneladas a mais, nos estoques mundiais em relação à última safra;

c) Posição dos Fundos de Investimento: os Fundos elevaram em 3,86% as apostas na queda dos preços do milho. A posição líquida vendida passou de 293.678 lotes para 305.003 lotes;

d) No Brasil, os dados de Oferta e Demanda da Conab registraram aumento de 1,74 MT nos estoques finais de milho, que devem deixar as indústrias locais confortáveis por algum tempo, não exigindo grandes aumentos de preço, enquanto não aumenta a competição com os exportadores, que deverá acontecer no segundo semestre de 2024.

MILHO fechou dia de forma mista, mas semana em baixa.
FECHAMENTOS DO DIA 16/02:

A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,30 % ou $ -1,25 cents/bushel a $ 416,50. A cotação para maio24, fechou em baixa de -0,06 % ou $ -0,25 cents/bushel a $ 429,50.

ANÁLISE DA BAIXA:

O milho negociado em Chicago fechou o dia perto da estabilidade e a semana em baixa. As duas primeiras cotações do milho fecharam em leve baixa e as mais distantes fecharam em leve alta. Os contratos para o grão estão muito baixas, próximos dos valores praticados em 2020, o que gera compras de oportunidade dos Fundos de Investimentos e segurou a cotação próxima da estabilidade.A ampla oferta de grãos nos EUA, com a perspectiva de uma nova safra com 382,02 milhões de toneladas de milho, aliado ao começo da colheita no Brasil mantêm os preços do grão pressionados.

Com isso o milho fechou a semana em queda de -2,91% ou $-12,50 cents/bushel na semana.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho fecha novamente próximo à estabilidade, negócios avançam pouco

Os principais vencimentos de milho fecharam o dia em variações mistas nesta sexta-feira (16). O feriado que se estendeu durante a semana travou ainda o cenário de negócios no cereal, o que contribuiu para poucas movimentações, tanto no mercado físico como na B3.

Traders continuam monitorando as áreas de milho safrinha, e aguardando o relatório de Prospective Plantings, que deverá ser divulgado pelo USDA ao final de março.

OS FECHAMENTOS DO DIA 16/02:

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta: o vencimento de março/24 foi de R$ 64,51, apresentando baixa de R$ 0,08 no dia, baixa de R$ 0,47 na semana; maio/24 fechou a R$ 64,71, baixa de R$ 0,07 no dia, baixa de R$ 0,42 na semana; o vencimento julho/24 fechou a R$ 64,36, alta de R$ 0,22 no dia e baixa de R$ 0,58 na semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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