Por T&F Agroeconômica
Análise semanal da tendência dos preços
FATORES ALTISTAS

a) Aumento das exportações americanas: nesta semana o USDA informou que as reservas de milho foram de 1,08 MMT para a semana encerrada em 22/02. Isso foi superior às 820 mil MT da semana anterior e estava em linha com as expectativas. As vendas de safra nova foram listadas em 165 mil toneladas na semana, o que elevou o total da carteira futura para 1,62 milhões de toneladas – o que permanece 5% à frente deste ponto no ano passado. Os compromissos de safra velha estão 30% à frente do ritmo do ano passado, com 38,12 MT;

b) Maior consumo de milho para etanol, nos EUA: mercado espera que o NASS relate 11,32 MT (445,9 mbu) de uso de milho para etanol no relatório mensal Grain Crush. Isso representaria um aumento de 1,1%;

c) No Brasil, os estados que mais consomem milho (RS/SC/PR) sofreram forte quebra de safra: O Paraná teve retração de 11,7% na sua produção de milho e Santa Catarina, de 6,6%, na soma das três colheitas da safra 23/24. Com isto, SC terá de importar um volume muito maior do que o normal e o Paraná, deverá passar de exportador a importador de outros estados ou até do exterior (Paraguai, principalmente), elevando os preços internos destes estados e dos que lhes exportarem. Além disto, este aumento dademanda interna deverá colocar em choque as indústrias e os exportadores, no segundo semestre, elevando os preços.

FATORES BAIXISTAS

a) Recuo dos preços do trigo: correção no milho após ter subido nas quatro sessões anteriores e acumulado ganho de 3,87% no período. Os negócios também foram influenciados pelo recuo expressivo do trigo. Os dois grãos tendem a se mover na mesma direção porque um é substituto direto do outro em ração animal;

b) Ampla oferta dos Estados Unidos e Argentina e a expectativa de mais uma safra robusta no país em 2024/25. As boas perspectivas para a produção da Argentina também pesaram sobre os contratos. Na quinta, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse que 87% da safra do país apresentava condição entre normal e excelente na última semana, ante 85% na semana anterior.

c) No Brasil, por enquanto, a elevação dos estoques, pela Conab, transmitiu tranquilidade aos compradores, pressionando os preços. A cotação de março, na B3, tinha atingido o seu ápice em 21 de fevereiro último a R$ 64,77/saca e, nesta sexta-feira, tinha recuado para R$ 61,10, queda de 5,66%. Mas, a queda maior ocorreu para janeiro de 2025, que tinha atingido R$ 71,08 naquela data e hoje fechou a R$ 65,88, queda de 7,32%.

MERCADO DO DIA 01/03: Milho fechou em baixa com a realização de lucros após quatro altas seguidas

FECHAMENTOS DO DIA 01/03: A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -0,84 % ou $ -3,40 cents/bushel a $ 412,25. A cotação para maio24, fechou em baixa de -1,11 % ou $ -4,60 cents/bushel a $ 424,75.

ANÁLISE DA BAIXA: O milho negociado em Chicago fechou o dia em baixa, mas a semana em alta. A boa sequencia de altas ao longo da semana, com o mercado buscando recomprar posições sobrevendidas, foi interrompida nesta sexta, após os contratos de milho acumularem alta de 3,87%. Mesmo com a queda diária, visto a realização de lucros por parte dos Fundos de Investimentos, o milho fecho a semana em alta de 2,72% ou $11,25 cents/bushel para a cotação de maio24.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3:Mercado sobe nesta sexta-feira, mas tendência permanece para a queda

Os principais vencimentos de milho fecharam o dia em variações positivas nesta sexta-feira (01). O movimento, no entanto, trata-se de uma realização de lucro, e não pode ser tido como uma reversão de tendência. Entre os fatores de baixa, permanecem a manutenção de área de produtores – embora tenha se acreditado em maiores reduções para a safrinha; além da pouquíssima atividade de negócios no mercado físico.

OS FECHAMENTOS DO DIA 01/03: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta: o vencimento de março/24 foi de R$ 61,10 apresentando alta de R$ 0,88 no dia, baixa de R$ 0,86 na semana; maio/24 fechou a R$ 56,44, alta de R$ 0,13 no dia, baixa de R$ 4,65 na semana; o vencimento julho/24 fechou a R$ 57,05, alta de R$ 0,20 no dia e baixa de R$ 3,89 na semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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