FECHAMENTOS DO DIA 25/10
O contrato de soja para novembro24, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,85%, ou $ -8,50 cents/bushel a $ 987,75; A cotação de janeiro25, fechou em baixa de -0,75% ou $ -7,50 cents/bushel a $ 997,5. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em baixa de -1,48 % ou $ -4,6 ton curta a $ 305,8 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,41 % ou $ -0,18/libra-peso a $ 44,15.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou o dia em baixa, mas em alta no acumulado da semana. O mercado optou por realizar parte dos lucros da semana, após três sessões em alta que acumularam ganhos de 2,26% no período. As cotações da oleaginosa se sustentaram com a forte demanda ao longo da semana.
No entanto, a colheita da grande safra americana e as chuvas que trouxeram alívio, não só para a parte central do Brasil, como para a Argentina antes do começo do plantio podem reverter parte das expectativas de cortes de safra na América do Sul. Ou seja, o fator clima voltou a alterar o radar dos Operadores de Mercado.
Com isso a soja fechou o acumulado da semana em alta de 1,83% ou $17,75 cents/bushel. O farelo de soja caiu -3,11% ou $ 9,8 ton curta. O óleo de soja subiu 5,57% ou $2,33 libra/peso no período.
Análise semanal da tendência de preços:
FATORES DE ALTA
a) Boas exportações americanas: Para o fechamento semanal positivo, foi exclusiva a força da demanda externa. O relatório semanal de exportações dos Estados Unidos foi positivo para o mercado, para o período de 11 a 17 de outubro, visto que nele o USDA reportou hoje vendas de soja 2024/2025 por 2.151 toneladas, acima das 1.702.700 toneladas do relatório anterior e no topo da faixa estimada pelos operadores, entre 1,20 e 2,40 milhões de toneladas.
E hoje, em seus relatórios diários, o USDA confirmou uma nova venda de soja norte-americana 2024/2025 para a China, por 116 mil toneladas.;
b) Redução da oferta de girassol: A empresa europeia Stratégie Grains reduziu hoje a sua previsão para a colheita de girassol da União Europeia de 8,90 para 8,80 milhões de toneladas, principalmente devido à interrupção da colheita francesa devido às chuvas e aos maus resultados na Roménia. A estimativa atual implicaria uma queda anual de 11%, segundo a consultoria. Para a Comissão Europeia, a atual seria a colheita de girassol mais baixa da UE desde 2016;
c) Brasil, safra menor? O adido agrícola do USDA no Brasil projetou o volume da colheita de soja 2024/2025 em 161 milhões de toneladas, abaixo dos 169 milhões do último relatório oficial da organização, publicado no dia 11 do corrente e dos 166,05 milhões calculados pela Conab. Além disso, a previsão oficial é de que as exportações brasileiras do grão não processados sejam de 102 milhões de toneladas, também abaixo das 105 e 105,54 milhões de toneladas previstas pelo USDA e pela Conab, respectivamente.
d) Brasil, aumento das exportações: Em sua atualização semanal, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) do Brasil elevou sua estimativa de exportações de soja em outubro de 4,34 para 4,63 milhões de toneladas, ante 5,16 milhões em setembro e 5,96 milhões em outubro de 2023. Em relação às vendas de farelo de soja no décimo mês do ano, passaram de 2,47 para 2,57 milhões de toneladas, contra 1,62 milhão do mês anterior e 1,65 milhão do mesmo mês do ano passado;
e) No Brasil, aumento da disputa entre os exportadores e as indústrias esmagadoras, pelo que resta da safra 23/24.
FATORES DE BAIXA
a) As boas safras dos EUA, Brasil e Argentina: A continuidade da colheita norte-americana, que entrou na reta final, mas, sobretudo, com a melhoria das condições ambientais na Argentina graças às chuvas que caíram desde meados da semana e que vão favorecer o início de semeadura e com a chance de que a umidade que atingiu o Brasil Central contribua para impulsionar a implantação da oleaginosa, o que deve descontar o atraso ainda vigente. Os três países juntos devem aumentar em 30,43 MT a produção mundial (EUA +11,43, BR +16,0, ARG + 3MT), enquanto a demanda chinesa deve reduzir de 112 MT (safra anterior) para 109 MT (nesta temporada);
b) A possibilidade da eleição de Trump e a volta das sanções à China: A poucos dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, que se realizarão na terça-feira, 5 de novembro, o mercado acompanha de perto as possibilidades – crescentes, segundo alguns analistas – de um regresso de Donald Trump à Casa Branca, dado que, com isso, aumentam as chances de uma repetição da guerra comercial com a China, fato que já se mostrou baixista para o mercado agrícola norte-americano, especialmente para o complexo soja e milho, devido ao peso específico que a China tem em demanda desses produtos. Este é o principal motivo de os chineses estarem comprando freneticamente, tanto nos EUA, como no Brasil, atualmente.
Fonte: T&F Agroeconômica
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