A semeadura atingiu 84% da área projetada para a safra. A maioria das lavouras segue em fase de desenvolvimento vegetativo (58%); o restante está em florescimento (26%) e em enchimento de grãos (16%).

Os baixos regimes de chuva acarretaram sintomas de déficit hídrico nas lavouras de sequeiro. A situação é preocupante especialmente em relação às áreas em floração, fase mais sensível da cultura. Nas localidades onde choveu no início de novembro, os sintomas foram mitigados nos solos sem compactação. Porém, onde as chuvas foram escassas ou chegaram tardiamente, a perda de produtividade está consolidada.

Em áreas irrigadas ou com boas condições hídricas, o potencial produtivo está elevado, sendo favorecido pela alta disponibilidade de radiação solar durante o dia e pelas temperaturas amenas à noite.

As lavouras estão respondendo bem aos manejos realizados, incluindo a adubação nitrogenada em cobertura e o controle de plantas daninhas. As pulverizações de herbicidas estão ocorrendo normalmente, em especial no período entre o final da tarde e o início da manhã, quando a umidade na zona radicular das plantas daninhas não causa restrição às aplicações. A diminuição da umidade relativa do ar proporcionou a menor pressão de doenças fúngicas, que estão sendo controladas, com aplicações de fungicidas, apenas de forma localizada. No Centro do Estado, os produtores realizaram aplicações de inseticidas para o controle da cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis), apesar da população se manter baixa.

Para a Safra 2024/2025, a Emater/RS-Ascar estima o cultivo de 748.511 hectares, e a produtividade média de 7.116 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as lavouras estão predominantemente na fase reprodutiva: 7% na fase inicial de enchimento dos grãos e 70% em fase de floração. O uso de sistemas de irrigação ocorre intensivamente após um período de baixa utilização, nos meses de setembro e outubro. Nas áreas restantes, a cultura segue na fase de desenvolvimento vegetativo, e as chuvas limitadas impediram a aplicação de fertilizantes em cobertura.

Em Manoel Viana, a situação está delicada em algumas lavouras de milho de sequeiro em função do risco significativo de perda de produtividade. Observou-se murcha nas plantas durante as horas mais quentes, além de casos extremos de amarelamento e seca das folhas basais. Em contrapartida, as lavouras irrigadas no mesmo município apresentam excelente desenvolvimento e alto potencial produtivo. Em Maçambará, há perdas nas lavouras em plena floração, demandando o seguro nas áreas financiadas em decorrência da falta de chuvas na primeira quinzena de novembro.

Na de Caxias do Sul, as lavouras em menor altitude estão em fase de pendoamento, enquanto as lavouras nos Campos de Cima da Serra estão em sua totalidade em desenvolvimento vegeta vo. Em Guaporé, o déficit hídrico é crítico e acarreta danos à cultura.

Na de Erechim, 20% das lavouras estão em estádio vegetativo e 80% em reprodutivo, na fase de pendoamento. A ocorrência de chuvas leves manteve o potencial produtivo em patamares elevados de 9 t/ha.

Na de Frederico Westphalen, 45% das lavouras estão em desenvolvimento vegetativo e 55% em florescimento; na de Passo Fundo, 95% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo e 5% em floração; e na de Soledade, 80% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegeta vo e 20% em florescimento.

Na de Ijuí, 78% das lavouras estão em fase de desenvolvimento vegetativo, 16% em floração e 6% em enchimento de grãos. Em Catuípe, as lavouras estão definhando em razão dos 25 dias sem chuvas. Em Ibirubá, foi necessário o controle de pulgão (Rhopalosiphum maidis), prática incomum na cultura.

Na de Pelotas, a semeadura atinge 26% da área esperada; 99% das áreas estão em desenvolvimento vegetativo, e 1% em reprodutivo; e na de Santa aria, houve evolução da área semeada, e 15% das lavouras estão em floração.

Na de Santa Rosa, nas Missões, as lavouras de sequeiro apresentam forte estresse hídrico, evidenciando a perda de produtividade; as lavouras irrigadas não foram afetadas. A produtividade média esperada é de 8,4 t/ha.

Comercialização (saca de 60 quilos)

 O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 1,05%, se comparado à semana anterior, de R$ 67,43 para R$ 68,14.

Confira o Informativo Conjuntural n°1842 Emater/RS completo, clicando aqui!

Fonte: EMATER RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1842

Site: EMATER/RS

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