A semeadura das lavouras avançou após a reposição de umidade no solo, proporcionada pelas chuvas ocorridas entre 19 e 20/11. No entanto, nas regiões com menor volume pluviométrico, as atividades foram suspensas no final da semana. A área semeada atingiu 60% da estimativa total.

Os produtores estão priorizando o plantio em condições ideais para minimizar o risco de necessidade de replantes. À medida que a umidade do solo diminui, o ritmo dos trabalhos de preparo e dessecação estão sendo ajustados.

As áreas semeadas no final de outubro e início de novembro apresentam excelente germinação e estande. Nas regiões onde a incidência de chuvas foi menor, as lavouras semeadas entre 10 e 17/11 apresentam grande variabilidade na emergência. Áreas com maior aporte de palhada em cobertura demonstram emergência uniforme, enquanto aquelas com menor cobertura exibem sementes não germinadas, embora ainda viáveis.

 Em locais com maior compactação do solo, causada pelo tráfego de máquinas, a emergência está, ainda mais, desuniforme. Em áreas onde as precipitações foram superiores a 10 mm, observou-se a retomada da germinação das sementes, o que deve favorecer a uniformidade do estande. Porém, o desenvolvimento inicial das plantas está lento, caracterizado por folhas menores e maior alongamento dos entrenós, refletindo o impacto das condições adversas.

As primeiras lavouras implantadas em outubro estão recebendo aplicações de herbicidas e, em alguns casos, os produtores aproveitam a pulverização para realizar a chamada “aplicação zero”, utilizando fungicidas preventivos para o manejo de doenças, especialmente de ferrugem-asiática.

A área de cultivo projetada pela Emater/RS-Ascar está estimada em 6.811.344 hectares, e a produtividade média em 3.179 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, as chuvas de distribuição irregular, em 19/11, ainda limitaram o avanço do plantio em determinadas localidades. Em Santana do Livramento e São Gabriel, o plantio alcançou 35%, mas a operação permanece suspensa devido à insuficiência de umidade no solo. Além disso, há relatos de dificuldades financeiras para a aquisição de insumos, uma vez que alguns produtores priorizaram o pagamento de financiamentos bancários em detrimento das empresas fornecedoras de insumos, o que restringiu o acesso a novos créditos e compras em cerealistas e revendas. As lavouras implantadas nas semanas anteriores apresentam bom desenvolvimento. Nas áreas em emergência, observa-se o ataque de pássaros, que podem causar falhas significativas no estande, motivando o uso de subterfúgios para afastá-las.

Em Itaqui, Maçambará e Manoel Viana, as chuvas mais volumosas permitiram a retomada do plantio. Na Campanha, o plantio alcança 36% em Hulha Negra. As condições de semeadura são variadas: há áreas enfrentando excesso de umidade, e outras registrando insuficiência hídrica para uma germinação adequada. A escassez de recursos tem levado os produtores a adotar uma postura mais cautelosa na semeadura para evitar retrabalhos. As lavouras estabelecidas apresentam estande de boa qualidade, e o uso de herbicidas pré-emergentes tem sido amplamente adotado.

Em Candiota, 60% da área total estimada de 19 mil hectares foi plantada, mas a falta de umidade no solo causou paralisações em várias localidades. No geral, o avanço do plantio é considerado satisfatório em comparação com safras anteriores.

Na de Caxias do Sul, a semeadura está praticamente concluída nas áreas não ocupadas por culturas de inverno. Nas áreas de resteva, o plantio avança gradualmente, acompanhando o progresso da colheita, que deve se estender até meados de dezembro. Em alguns municípios da Serra, como em Montauri, a germinação apresenta desuniformidade em decorrência da insuficiência hídrica. Por outro lado, nos Campos de Cima da Serra, que concentram aproximadamente 80% da área cultivada na região, a germinação ocorre de modo uniforme, e as lavouras demonstram bom estabelecimento inicial.

Na de Frederico Westphalen, o plantio alcançou 90% da área prevista, favorecido pelas condições edáficas adequadas. A emergência e o estande de plantas apresentam uniformidade.

Na de Ijuí, a semeadura avançou nas regiões onde as precipitações, ocorridas em 19 e 20/11, superaram 25 mm, alcançando 66% da área prevista. Nas demais localidades, a umidade do solo permanece abaixo do ideal, dificultando o trabalho das semeadoras.

Na de Passo Fundo, a semeadura foi executada em 90% da área, possibilitada pela mitigação do baixo teor de umidade no solo. Permanece sendo realizado o controle de plantas indesejáveis.

Na de Pelotas, a semeadura avançou intensamente, pois novembro é o mês preferencial para o plantio pelos sojicultores da região. As chuvas, em baixos volumes acumulados, permitiu a continuidade quase imediata da operação devido às boas condições de trafegabilidade das máquinas. Até o momento, 56% da área foi semeada. A emergência das plantas foi satisfatória, refletindo bom estabelecimento inicial.

Na de Santa Maria, o plantio foi retomado de forma intensa após as precipitações, ultrapassando 60% do estimado. Contudo, algumas localidades, especialmente em Capão do Cipó e Tupanciretã, enfrentam períodos de estiagem moderada, o que tem limitado o avanço das operações de semeadura em determinadas áreas.

Na de Santa Rosa, o plantio avançou em áreas que receberam chuvas acima de 18 mm e em lavouras irrigadas, atingindo 58% da área prevista. No entanto, a baixa umidade do solo tem provocado atrasos e reduziu o ritmo das operações, no final da semana, devido ao risco de comprometimento da germinação. Nas localidades onde as chuvas de 20/11 melhoraram as condições de umidade, foram retomados os trabalhos de dessecação e preparo do solo.

Na de Soledade, as chuvas, de volumes medianos a baixos, beneficiaram as lavouras com semeadura recente, ao promover a germinação, a emergência e o crescimento inicial das plantas. A semeadura foi retomada, com intenso movimento de máquinas semeadoras, em áreas onde havia restrição de umidade do solo. A área semeada atingiu 83% da estimativa total.

 Comercialização (saca de 60 quilos)

 O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 1,06%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 128,87 para R$ 127,50.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1843 completo, clicando aqui!

FonteEmater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1843

Site: EMATER/RS

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