Por Argemiro Luís Brum

A cotação do milho, para o primeiro mês cotado, fechou a quinta-feira (05) em US$ 4,39/bushel, contra US$ 4,47 uma semana antes. A média de maio ficou em US$ 4,49/bushel, sendo 5,1% mais baixa do que a registrada em abril.

Enquanto isso, o plantio do milho nos EUA, no dia 1º de junho, atingia a 93% da área esperada, ficando dentro da média histórica para a data. Por outro lado, 78% das lavouras semeadas haviam germinado, contra 77% na média. E 69% das lavouras plantadas apresentavam condições entre boas a excelentes.

Quanto às exportações estadunidenses, na semana encerrada em 29/05 o volume atingiu a 1,6 milhão de toneladas, superando o que o mercado esperava. Com este total, os EUA já embarcaram 48,6 milhões de toneladas no atual ano comercial, o que representa 29% acima do exportado em igual período do ano anterior.

E no Brasil, os preços do milho continuaram relativamente estáveis, porém, mantendo o viés de baixa. A média gaúcha fechou a semana em R$ 63,14/saco, enquanto as principais praças mantiveram-se em R$ 61,00. Já nas demais regiões do país os preços oscilaram entre R$ 55,00 e R$ 63,00/saco.

O motivo desta situação está no fato que a oferta vem aumentando, na medida em que a colheita da safrinha começa a ganhar força. Com isso, os consumidores do cereal aguardam preços mais baixos para comprarem.

Quanto à colheita da segunda safra, a Conab indicou, no início da presente semana, que 0,8% das lavouras havia sido colhido, contra 3,7% no mesmo período do ano passado e 2,1% na média histórica. A mesma estaria mais adiantada em Mato Grosso (2,9%), Paraná (1,2%), Maranhão e Mato Grosso do Sul (1%), Goiás (0,8%), Tocantins e Minas Gerais (0,6%). Ao mesmo tempo, 35,2% das áreas estavam em maturação, 56,7% em enchimento de grãos, 6,7% em floração e 0,6% ainda em desenvolvimento vegetativo.

Já especificamente no Centro-Sul brasileiro, até o dia 29/05 a colheita chegava a 1,3% da área semeada, contra 4,7% um ano atrás (cf. AgRural). Para esta consultoria, a produção total do Brasil, em 2024/25, deverá alcançar 128,5 milhões de toneladas, conforme nova estimativa.

Enquanto isso, segundo o Imea, a colheita da segunda safra de milho no Mato Grosso chegava a 0,97% no final da semana anterior, contra 4,73% em igual período do ano anterior e a média de 2,61%. A colheita total deverá chegar a 50,6 milhões de toneladas conforme nova estimativa, sendo que a produtividade média ficaria em 117,7 sacos/hectare. Espera-se, igualmente, uma demanda ao redor de 50 milhões de toneladas naquele Estado. A mesma ganhou incremento pelo aumento de 4,3% no consumo dentro do próprio Estado, este puxado pelo aumento de 9,4% no consumo das usinas de etanol de milho, responsáveis por 76,6% do consumo estadual do cereal. Nas exportações, espera-se um crescimento de 9,4% na safra 2024/25, em comparação com a passada, com uma participação de 53,8% na demanda total, totalizando 26,9 milhões de toneladas.

E no Paraná, o Deral informou que, até o dia 02/06, a safrinha havia sido colhida em 3% da área semeada, sendo que o restante das áreas estava com 40% em maturação, 54% em frutificação, 5% em floração e 1% em desenvolvimento vegetativo. Por sua vez, 65% das lavouras estavam em boas condições, 22% médias e 13% ruins.

Já no Mato Grosso do Sul, segundo a Aprosoja local, a expectativa é de uma colheita sobre 2,1 milhões de hectares, o que resultaria em 10,2 milhões de toneladas a partir de uma produtividade média esperada de 80,8 sacos/hectare. No início da presente semana, 78% das lavouras sul-mato-grossenses da segunda safra de milho estavam em boas condições, 15,3% regulares e 6,6% ruins. Outrossim, 26% da produção esperada já teria sido negociada, com seis pontos percentuais acima do registrado no ano anterior. O preço médio do milho no Mato Grosso do Sul foi de R$ 56,88/saco na semana encerrada em 02 de junho, registrando queda de 3,6% em relação a semana anterior e de 16,9% em comparação ao mesmo período de 2024.

Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).



 

FONTE

Autor:Informativo CEEMA UNIJUÍ

Site: Dr. Argemiro Luís Brum/CEEMA-UNIJUÍ

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