O mercado brasileiro de milho deve ter um dia de negócios travados, com preços patinando. O avanço da colheita da safrinha e os impactos do clima na produção seguem no radar dos agentes, avaliando também o fato de que a ceifa está consideravelmente mais lenta se comparada às últimas temporadas. No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera em forte baixa, enquanto o dólar sobe levemente frente ao real.

O mercado brasileiro de milho apresentou lentidão e preços de estáveis a mais baixos nesta segunda-feira. Segundo a Safras Consultoria, as atenções estiveram voltadas para os relatórios do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e movimentos dos futuros do milho. Os consumidores seguem atuando com pouca força nas negociações, avaliando que em breve haverá aumento da oferta no país por conta da safrinha. Vale pontuar que em várias localidades há dificuldade para o avanço da colheita, como no Paraná, partes do Mato Grosso do Sul e São Paulo, devido às chuvas ocorridas nos últimos dias, o que leva produtores a atuarem com maior cautela na fixação de oferta.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 65,50/69,00 a saca (CIF). Já no Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 64,50/69,00 a saca.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 58,00/60,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 62,00/65,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 67,00/69,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 69,00/70,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 60,00/63,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 48,00/50,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 49,00/52,00 a saca em Rondonópolis.

CHICAGO

* Os contratos com entrega em setembro estão cotados a US$ 4,05 por bushel, baixa de 4,25 centavos de dólar, ou 1,03%, em relação ao fechamento anterior.

* Com as lavouras dos Estados Unidos registrando a melhor condição para o período desde 2018 e diante da perspectiva de uma safra maior em meio à oferta abundante do Brasil, o mercado recua.

* O cereal também sente os impactos dos relatórios trimestrais de área e estoques divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) no pregão anterior.

* O USDA divulgou dados sobre as condições das lavouras americanas de milho. Segundo o USDA, até 29 de junho, 73% estavam entre boas e excelentes condições, 22% em situação regular e 5% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 70%, 24% e 6%, respectivamente.

* Os Estados Unidos deverão cultivar 95,203 milhões de acres na safra 2025/26, com alta de 5% frente aos 90,594 milhões de acres registrados na temporada 2024/25. O mercado trabalhava com uma expectativa de área de 95,242 milhões de acres. A área ficou abaixo dos 95,326 milhões de acres divulgados no relatório de intenção de plantio, divulgado no final de março.

* Na comparação com o ano passado, a expectativa é de que área fique inalterada ou mais alta em 41 dos 48 estados consultados. A área a ser colhida deverá ficar em 83,774 milhões de acres, 5% acima dos 82,896 milhões de acres colhidos na temporada 2024/25.

* Ontem (30), os contratos com entrega em julho de 2025 fecharam com baixa de 2,25 centavos, ou 0,54%, cotados a US$ 4,09 1/4 por bushel. Os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com recuo de 1,50 centavo, ou 0,35%, cotados a US$ 4,25 1/2 por bushel.

CÂMBIO

* O dólar comercial opera em alta de 0,02%, cotado a R$ 5,4348. O Dollar Index registra desvalorização de 0,46% a 96,95 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

* As principais bolsas da Ásia fecharam com preços mistos. Xangai, +0,39%. Japão, -1,24%.

* As principais bolsas na Europa operam com índices fracos. Paris, -0,42%. Frankfurt, -0,60%. Londres, -0,23%.

* O petróleo opera com preços mais altos. Agosto do WTI em NY: US$ 65,74 o barril (+0,96%)

AGENDA

– Dados sobre as lavouras do Paraná – Deral, na parte da manhã.

– Esmagamento de soja nos EUA em junho – USDA, 16h.

– Uso de milho para etanol em junho nos EUA – USDA, 16h.

—–Quarta-feira (2/07)

– Eurozona: A taxa de desemprego de maio será publicada às 6h pelo Eurostat.

– O IBGE divulga, às 9h, a Produção Industrial Mensal referente a maio.

– EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 11h30 pelo Departamento de Energia (DoE).

—–Quinta-feira (3/07)

– OCDE: O relatório mensal do índice de preços ao consumidor dos países do bloco será publicado às 7h pela OCDE.

– Eurozona: A ata da reunião dos dias 4 e 5 de junho será publicada às 8h30 pelo BCE.

– EUA: O saldo da balança comercial de maio será divulgado às 9h30 pelo Departamento do Comércio.

– EUA: Os pedidos de seguro-desemprego da semana encerrada no último sábado serão publicados às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– EUA: O relatório oficial de vagas criadas (payroll) de junho será publicado às 9h30 pelo Departamento do Trabalho.

– Exportações semanais de grãos dos EUA – USDA, 9h30.

– Relatório de condições das lavouras da Argentina – Ministério da Agricultura, na parte da tarde.

– Dados de desenvolvimento das lavouras argentinas – Bolsa de Cereais de Buenos Aires, 15hs.

– Dados de desenvolvimento das lavouras no RS – Emater, na parte da tarde.

—–Sexta-feira (4/07)

– EUA: Os mercados permanecem fechados devido ao feriado do Dia da Independência.

– Eurozona: A leitura do índice de preços ao produtor de maio será publicada às 6h pelo Eurostat.

– O IBGE divulga, às 9h, o Índice de Preços ao Produtor – Indústrias extrativas e de transformação referente a maio.

– O Ministério do Desenvolvimento, da Indústria, do Comércio e Serviços divulga, às 15h, os dados consolidados de junho, seguidos por coletiva de imprensa.

– Dados de evolução das lavouras do Mato Grosso – IMEA, 16h.

Fonte: Pedro Carneiro/Safras News



 

FONTE

Autor:Pedro Carneiro/Safras News

Site: Safras & Mercado

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.