Na última semana, a cotação do óleo de soja na CME-Group registrou valorização de 1,56%, encerrando o período com média de US$ 56,06/lbs. Esse avanço está atrelado ao otimismo quanto à demanda por biocombustíveis nos Estados Unidos.
O farelo de soja também acompanhou o movimento de alta do óleo em Chicago, com incremento de 1,42%, encerrando a semana cotado a US$ 286,14/t. Esse movimento foi impulsionado pela sólida expectativa de compras por parte das Filipinas, conforme apontado pelos dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), reforçando a demanda firme pelo produto norteamericano.
No mercado mato-grossense, o óleo de soja encerrou a semana com alta de 1,75%, sendo negociado, em média, a R$ 6.142,27/t, impulsionado pela valorização em Chicago e pela maior demanda pelo coproduto no estado. Por fim, o farelo apresentou recuo de 0,41% na semana, com preço médio de R$ 1.493,27/t, reflexo da ampla oferta e da menor demanda regional.
MAIOR: impulsionado pela valorização no preço da soja em Mato Grosso, o diferencial de base MT/CME apresentou incremento de 18,51% na semana.
CRESCIMENTO: com uma demanda de soja aquecida, o Prêmio Santos registrou alta de 1,45% em relação à semana anterior.
ALTA: na semana passada, o preço da soja contrato mar/26 em Chicago registrou um aumento de 0,66%, fechando na média de US$ 10,56/bu.
Em 2025, MT tem capacidade para armazenar 49,87% da produção total de grãos da safra 24/25
A projeção de 104,91 milhões de t de soja e milho na safra 24/25 evidencia o persistente gargalo em Mato Grosso: a falta de capacidade para armazenar a produção. Segundo a Conab, a estrutura estática do estado permanece em 52,32 milhões de t, mesmo volume de 2024, gerando um déficit de 52,60 milhões de t.
Desde a safra 10/11, quando a armazenagem ainda supria a produção de soja e milho, a oferta de grãos até 2025 cresceu, em média, 9,89% ao ano, enquanto a capacidade de estocagem avançou 4,25%. Esse descompasso reflete a falta de investimentos e de incentivos ao setor, agravado pelo alto custo de implantação de armazéns, o que dificulta ainda mais o acesso para os produtores de pequeno porte, que é uma grande parcela dos agricultores do estado.
Como consequência, muitos sojicultores têm sido forçados a escoar parte da produção de forma antecipada para liberar espaço, o que compromete o poder de negociação e impede a comercialização no momento mais favorável do mercado.
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Fonte: IMEA