O fósforo (P) é um dos nutrientes mais importantes para a agricultura, fundamental para o desenvolvimento das plantas. Ele atua diretamente nos processos de armazenamento e transferência de energia, no enraizamento, na formação de sementes e na qualidade dos grãos. Por isso, a adubação fosfatada é indispensável para garantir altas produtividades e a sustentabilidade da produção de alimentos, especialmente em solos tropicais, como os do Brasil, que apresentam baixa disponibilidade natural desse nutriente.

O manejo adequado do fósforo não apenas aumenta a eficiência das lavouras, mas também contribui para a segurança alimentar, promovendo colheitas mais abundantes e de melhor qualidade. O problema é que a maior parte do P utilizado na agricultura provém de reservas minerais não renováveis, cuja exploração está concentrada em poucos países.

Esse cenário representa um risco para o futuro da produção agrícola, já que a escassez ou o encarecimento desse insumo pode comprometer a oferta global de alimentos. “Hoje somos dependentes da adubação fosfatada. Para alcançar altas produtividades, é necessário um manejo sustentável não apenas ambientalmente, mas também economicamente. E isso passa, inevitavelmente, pelo uso do P, que é o grande gargalo”, explica Luiz Fernando Ribeiro, engenheiro agrônomo e responsável pela área de desenvolvimento de negócios da Superbac em Minas Gerais e Goiás.

Fixação e baixa eficiência

O alerta é ainda mais preocupante devido ao fenômeno da fixação do fósforo: rapidamente, o nutriente passa de uma forma assimilável para outra indisponível às plantas, ao se ligar à estrutura do solo. “Estima-se que, para produzir 60 sc/ha de soja (3.600 kg/ha), sejam necessários 48 kg/ha de P₂O₅ (pentóxido de difósforo, unidade usada para expressar fósforo em fertilizantes). No entanto, na maioria das lavouras aplicam-se entre 100 kg e 120 kg/ha devido à baixa eficiência de absorção das plantas. Por isso, precisamos de soluções que melhorem o aproveitamento desse nutriente”, complementa Ribeiro.

Um problema antigo

A limitação das reservas de P não é novidade. “Há mais de 100 anos já se sabia que este era um recurso finito. Algumas reservas foram descobertas, como na Noruega, mas sua extração causa sérios impactos ambientais. Além de limitado, trata-se de um recurso que, ao se esgotar, comprometerá a produção agrícola mundial”, reforça o engenheiro agrônomo.

Caminhos tecnológicos

Entre as alternativas, destaca-se o avanço dos fertilizantes organominerais, usados há mais de 30 anos, que aumentam a eficiência de absorção do fósforo. Mais recentemente, as pesquisas evoluíram para o uso de microrganismos solubilizadores de P, capazes de transformar uma forma indisponível do nutriente em assimilável, aumentando a assertividade da adubação.

É nesse campo que a Superbac tem avançado. O grande diferencial foi combinar fertilizantes com o condicionador biológico de solo (Smartgran), criando um produto biotecnológico rico em bactérias benéficas, enriquecido com macro e micronutrientes. Sua aplicação reequilibra o solo, favorece o enraizamento, amplia a absorção de nutrientes e melhora a eficiência do uso do P, ajustando significativamente a dose de adubo químico.

Desafios de adoção

Apesar dos avanços, ainda existem barreiras. “Um dos principais desafios é cultural. O produtor se acostumou, há mais de 100 anos, a aplicar grandes quantidades de fósforo. Em culturas de alto valor agregado, por exemplo, como alho, batata, cebola e cenoura, chega-se a usar 1.200 kg/ha de P₂O₅. Mas será que realmente precisa de tudo isso? Muitas vezes, não. É um hábito consolidado pela resposta imediata da adubação”, ressalta.

Outro entrave está na forte presença de grandes empresas que movimentam bilhões na produção de fertilizantes químicos, além da baixa fertilidade natural dos solos tropicais brasileiros, que reforça o consumo elevado. “São barreiras construídas ao longo do tempo e que ainda resistem à adoção de novas tecnologias”, aponta Ribeiro.

Sustentabilidade como legado

Para o especialista, a mudança depende de uma ação conjunta entre indústria e produtores. “O agricultor que não pensa na sustentabilidade do seu negócio está, na prática, comprometendo o futuro da própria família. Como seus filhos ou netos vão produzir sem fontes renováveis? É preciso pensar em longo prazo. Do nosso lado, como indústria, seguimos investindo em pesquisas, tecnologias e soluções para entregar alternativas padronizadas e sustentáveis”, finaliza.

Sobre a Superbac

Fundada em 1995, a Superbac é pioneira no mercado brasileiro de soluções em biotecnologia e detentora da mais moderna biofábrica da América Latina, onde atuam mais de 70 pesquisadores. Líder em bioinovação e referência na substituição de processos produtivos, ela é provedora de soluções sustentáveis e economicamente viáveis, formulando blends específicos de microrganismos e potencializando seus efeitos para solucionar demandas nos mais diferentes segmentos, como: agricultura, saneamento, óleo & gás, bens de consumo, farmacêutico, cosméticos e alimentação humana e animal.

Fonte: Assessoria de Imprensa Superbac



 

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