Houve avanço expressivo nas atividades de semeadura, que alcança 35% da área projetada, favorecido pelo tempo seco em grande parte das regiões produtoras. A redução dos volumes de chuva também permitiu o acesso às áreas que anteriormente apresentavam excesso de umidade, viabilizando o preparo do solo, a construção de taipas e a implantação das lavouras.

Contudo, o andamento do plantio está heterogêneo entre as regiões. Nas áreas de várzea com drenagem mais lenta ou com histórico de precipitações recentes, a implantação está em fase inicial em razão do excesso de umidade para uso de maquinário. Já nas áreas em que o tempo se manteve firme, o plantio atingiu cerca de dois terços da área prevista em algumas localidades.

Em relação aos sistemas de cultivo, o pré-germinado predomina nas áreas mais úmidas, permitindo a semeadura mesmo com encharcamento, e o sistema em solo seco avança nas glebas com boa trafegabilidade. As lavouras implantadas estão, em geral, em estádio vegetativo inicial, com desenvolvimento dentro da normalidade.

O vento intenso, observado em alguns municípios, tem dificultado a aplicação de herbicidas em tempo oportuno ponto-de-agulha, o que pode afetar a eficiência no controle de plantas daninhas.

 A área a ser cultivada está estimada em 20.081 hectares IRGA . A produtividade está estimada pela Emater/RS-Ascar em 8.752 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o tempo seco favoreceu intensamente as operações de campo na Campanha e Fronteira Oeste. Especialmente em Uruguaiana, Barra do Quaraí e Dom Pedrito, o plantio já alcança cerca de 60% da área prevista. Em Itaqui, o percentual chega a 21%. Em São Borja, menos de 5% em razão das chuvas mais volumosas na semana anterior, que novamente impediram o acesso às áreas. Em comparação com o mesmo período do ano passado, há atraso significativo no estabelecimento das lavouras, especialmente nas áreas tradicionalmente semeadas mais cedo.

Na de Pelotas, a semeadura alcançou 77% da área estimada. As lavouras estão predominantemente em fase vegetativa, com desenvolvimento satisfatório e dentro do projetado para o período. Além do plantio, os produtores concentraram esforços no nivelamento de áreas, no estabelecimento de taipas e na manutenção de acessos internos. As precipitações esparsas não interferiram nas operações.

Na de Santa Maria, a semeadura ultrapassa 10% da área. O sistema pré-germinado tem sido amplamente adotado, especialmente na Quarta Colônia, como em São João do Polêsine, em razão da elevada umidade do solo. Essa estratégia tem permitido realizar as atividades mesmo sob condições de solo saturado, além de contribuir para o controle do arroz vermelho, recorrente na região. As lavouras apresentam boa emergência e vigor inicial.

Na de Santa Rosa, as chuvas recorrentes continuam limitando o plantio, sobretudo em Garruchos, onde ainda há áreas sem acesso para preparo do solo. Esse atraso já indica possível impacto negativo à produtividade devido à semeadura fora da janela ideal.

Na de Soledade, a semeadura em sistema pré-germinado está praticamente concluída. Nas áreas conduzidas em solo seco, o plantio segue em ritmo lento em razão da umidade excessiva residual. Estima-se que 25% da área total esteja implantada. Houve intensa mobilização de maquinário para o preparo e nivelamento das glebas, indicando tendência de aceleração dos trabalhos nas próximas semanas.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, reduziu 2,03%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 58,72 para R$ 57,53.

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Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1890

Site: EMATER RS

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