Por T&F Agroeconômica, comentários referentes à 12/11/2025
FECHAMENTOS DO DIA 12/11
Chicago: A cotação de dezembro, fechou em alta de 0,75% ou $ 3,25 cents/bushel, a $435,25. A cotação para março fechou em alta de 0,50% ou $ 2,25 cents/bushel, a $449,25.
ANÁLISE DO MIX
O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta quarta-feira. Em um dia de falta de informações, as cotações do cereal fecharam praticamente estável sem um rumo definido. O relatório semanal da produção de etanol, um dos poucos divulgados no período do shutdown nos EUA, foi adiado para quinta-feira com o feriado administrativo do dia anterior. Na semana passada foi registrado um recorde de produção do subproduto. Os ganhos do dia foram impulsionados pela expectativa do setor privado de que a safra recorde nos EUA será menor do que a última projeção oficial do USDA. Como abordamos no boletim anterior, o USDA já frustrou o mercado em setembro aumentando o volume final da safra.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: O milho da B3 fechou em alta com maior perspectiva de exportação em novembro
Os principais contratos de milho encerraram em alta nesta quarta-feira. As cotações da B3 subiram com a expectativa da Anec de uma maior exportação de milho em novembro. Com
o aumento de 8,44% os embarques serão maiores que os de outubro e 22,76% a mais que os registrados no mesmo mês em 2024. A recuperação do dólar no dia deu algum suporte.
OS FECHAMENTOS DO DIA 12/11
Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de novembro/25 foi de R$ 67,89, apresentando alta de R$ 0,15 no dia e baixa de R$ -0,15 na semana; o vencimento de janeiro/26 foi de R$ 70,76, com alta de R$ 0,35 no dia e baixa de R$ -0,97 na semana; o contrato de março/26 fechou a R$ 72,51, com alta de R$ 0,19 no dia e baixa de R$ -0,71 na semana.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-SAFRA DEVE SER MENOR DO QUE O PREVISTO PELO USDA (altista)
O milho completou seu terceiro dia consecutivo de alta em Chicago. Agora na reta final da colheita, que está progredindo sem problemas no Meio-Oeste americano depois dos atrasos causados pelo clima, analistas do setor privado preveem uma safra recorde, mas, significativamente menor do que a prevista pelo USDA em setembro. De fato, antes do relatório mensal que a agência publicará na sexta-feira, eles estimaram a produção em 420,56 milhões de toneladas, abaixo das 427,11 milhões de toneladas relatadas no relatório oficial de setembro.
EUA-ESTOQUES FINAIS MAIS ALTOS (baixista)
O aspecto menos favorável para os preços neste novo relatório mensal reside no volume dos estoques finais da safra atual. Em seu relatório trimestral do final de setembro, o USDA
(Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou estoques de milho em 1º de setembro de 38,91 milhões de toneladas, um número que excedeu tanto a previsão de 33,96 milhões de toneladas feita por analistas privados quanto a estimativa da agência para os estoques finais de 2024/2025, que era de 33,66 milhões de toneladas. Essa diferença contribuirá agora para o aumento dos estoques iniciais de 2025/2026. Com esse esclarecimento, entende-se que, apesar de uma colheita que os operadores esperam ser menor do que a projetada pelo USDA, os estoques finais de 2025/2026 foram previstos em 54,26 milhões de toneladas, acima dos 53,58 milhões de toneladas do último relatório mensal de estimativas agrícolas do USDA.
PRESSÃO VENDEDORA DOS AGRICULTORES DIMINUIU (altista)
Nos mercados de milho e soja, os operadores observaram que a pressão vendedora dos produtores americanos diminuiu novamente, enquanto aguardam os dados que o USDA publicará na sexta-feira, esperando que sejam positivos para ambos os produtos.
BRASIL-ANEC ELEVA EXPORTAÇÕES (altista para o Brasil, baixista para CBOT)
Em sua revisão semanal de estimativas, a ANEC elevou sua projeção para as exportações brasileiras de milho em novembro de 5,57 para 6,04 milhões de toneladas, acima dos 5,69 milhões de toneladas embarcadas em outubro e dos 4,92 milhões de toneladas embarcadas no mesmo mês de 2024.
Fonte: T&F Agroeconômica
