O mercado brasileiro de algodão registrou nesta semana uma diminuição no movimento. A postura dos compradores foi de mais cautela, enquanto os vendedores aguardaram melhores oportunidades de negociação, informou a Safras Consultoria.
Os preços trabalhados pela indústria para o algodão posto em São Paulo ficaram em R$ 3,46/libra-peso (sem ICMS) na quinta-feira (20), recuo semanal de 0,57% frente aos R$ 3,48/libra-peso anteriores. Em Rondonópolis (MT), a pluma foi negociada a R$ 3,26/libra-peso, o equivalente a R$ 107,97 por arroba. Em relação à semana passada, quando era indicada a R$ 3,31/libra-peso (R$ 109,33/arroba), houve queda de R$ 1,36 por arroba.
Custeio da safra 2025/26 em MT – Imea
Em Mato Grosso, o custeio do algodão para a safra 25/26, vem outubro/25, ficou estimado em R$ 10.780,97/ha, recuo de 0,09% ante setembro/25. Essa queda foi reflexo, principalmente, da diminuição das despesas com as classes dos fertilizantes e corretivos. Apesar da redução no comparativo mensal, quando comparado com a safra 2024/25, o custeio ainda é 12,41% superior, sendo o segundo maior da série histórica.
Já o COE ficou estimado em R$ 15.378,49/ha, alta de 17,47% no comparativo anual. Diante disso, considerando a projeção da produtividade média da safra 25/26, de 119,76 arroba/ha, para que o cotonicultor consiga cobrir o seu COE, é necessário que ele venda o seu produto a pelo menos R$ 128,41/arroba.
Por fim, diante do custo elevado e dos preços menos atrativos, a margem para a safra futura tende a ficar reduzida, o que exigirá um bom planejamento para a temporada que se inicia em dezembro/25. As informações partem do Imea.
Venda líquidas norte-americanas – USDA
As vendas líquidas norte-americanas de algodão (upland), referentes à temporada 2025/26, iniciada em 1o de agosto, ficaram em 199.000 fardos na semana encerrada em 2 de outubro. O maior importador foi o Vietnã, com 104.300 fardos. As informações são do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
Fonte: Sara Lane – Safras News




