A semeadura avançou de forma moderada, alcançando 74% da área prevista. A operação foi condicionada pela redução acentuada das precipitações na segunda quinzena de novembro, o que resultou em umidade insuficiente na camada superficial do solo na maior parte da região produtora.

Nas áreas de maior altitude, onde a evapotranspiração foi menor, as condições para implantação ainda se mantiveram favoráveis, permitindo continuidade pontual dos trabalhos. A paralisação parcial ou total das atividades decorreu, sobretudo, da necessidade de reposição hídrica para garantir germinação uniforme e emergência adequada.

A lavouras implantadas após 15/11 apresentam emergência menos uniforme, mas sem danos às sementes remanescentes. O desenvolvimento está mais lento, mas não há mortalidade de plantas. Os cultivos semeados anteriormente apresentam estande satisfatório e desenvolvimento vegetativo inicial compatível com a fase fenológica, embora o crescimento esteja mais lento nas áreas submetidas à limitação hídrica.

 De modo geral, a cultura encontra-se em estádios vegetativos iniciais, sem registro de problemas fitossanitários relevantes. Para a Safra 2025/2026, no Rio Grande do Sul, a projeção da Emater/RS-Ascar indica o cultivo de 6.742.236 hectares e produtividade média de 3.180 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a semeadura foi interrompida em grande parte pela ausência de chuvas significativas. Houve continuidade apenas em áreas pontuais em Itaqui e Itacurubi, onde precipitações próximas a 20 mm permitiram o avanço localizado dos trabalhos. Em Manoel Viana, cerca de 65% dos 58.000 hectares estimados estão implantados; a precipitação de 10 mm foi considerada insuficiente para manter o ritmo de plantio. Em Maçambará, o plantio segue paralisado nas terras altas da porção Leste, e nas áreas de várzea da porção Oeste — que receberam cerca de 20 mm — alcança aproximadamente 70% dos 55.000 hectares previstos. Em São Borja, apenas 25% dos 105.000 hectares foram semeados, e houve interrupção ampla após 26/11. Em São Gabriel, parte dos produtores concluiu a semeadura, e observa-se boa cobertura de palhada, elemento relevante para conservação por mais tempo de umidade, em períodos de redução das chuvas. Na região da Campanha, a semeadura está adiantada. Em Dom Pedrito, alcança cerca de 80% dos 165.000 hectares previstos. Em Caçapava do Sul, Aceguá e Hulha Negra, supera 70%. A tendência é de paralisação do plantio devido à ausência de chuvas consistentes. As lavouras estabelecidas apresentam excelente estande e bom desenvolvimento vegetativo inicial, compatível com a tolerância da cultura a restrições hídricas nessa fase. Em áreas pós aveia, algumas operações de gradagem foram adotadas para melhorar a distribuição da palha.

Na de Caxias do Sul, a semeadura avançou rapidamente, e está próxima da conclusão nos municípios de menor altitude. Nos Campos de Cima da Serra, a expansão depende da finalização da colheita das culturas de inverno. A uniformidade e o desenvolvimento das áreas emergidas estão satisfatórios.

Na de Erechim, cerca de 90% da área está implantada. O restante das áreas depende da conclusão da colheita do trigo.

Na de Frederico Westphalen, a semeadura foi interrompida em 90% por falta de umidade. As lavouras em emergência e desenvolvimento vegetativo apresentam bom estande e ausência de problemas fitossanitários.

Na de Ijuí, a semeadura evoluiu apenas 3%, alcançando 83%. A operação foi realizada entre 24 e 25/11 nas localidades onde ainda havia umidade adequada. A partir de 26/11, a atividade foi suspensa. Na de Passo Fundo, a semeadura evoluiu 5% no período e alcança 80% da área. As lavouras estão nas fases de germinação e desenvolvimento vegetativo. O plantio sofreu paralisação parcial pela baixa umidade. As condições de temperatura e umidade no estrato superior do solo seguem adequadas para as áreas já emergidas.

Na de Pelotas, as precipitações de 2 a 8 mm registradas não restabeleceram condições favoráveis ao plantio. As lavouras se encontram em desenvolvimento vegetativo e apresentam murchamento ocasional em períodos de radiação solar intensa, apesar de estarem dentro da normalidade fisiológica para o estádio atual.

Na de Santa Maria, a plantio alcança cerca de 75% da área prevista, mas avançou lentamente pela limitação hídrica. As condições das lavouras estão satisfatórias, mantendo o potencial produtivo.

Na de Santa Rosa, 67% estão semeados; o estabelecimento inicial está adequado. A subsequente redução de chuvas ainda não impacta significativamente devido à baixa demanda transpirativa das plantas nos estádios V1 a V3.

Na de Soledade, apesar da baixa umidade do solo, a semeadura chegou a 88%. Há atraso no Baixo Vale do Rio Pardo, pois parte dos produtores interrompeu os trabalhos à espera de reposição hídrica. As lavouras implantadas apresentam germinação e estande adequados e emergência uniforme.

Comercialização (saca de 60 quilos) O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,63%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 126,03 para R$ 126,82.

Confira o Informativo Conjuntural Emater/RS n° 1896 completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS



 

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1896

Site: Emater RS

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