Mestre e doutor em Ciência de Plantas Daninhas e professor da UFPR – Universidade Federal do Paraná, o engenheiro agrônomo Alfredo Albrecht foi um dos responsáveis pela fase de desenvolvimento de um produto, em mistura pronta, para controle de plantas daninhas no milho. Base da nova solução herbicida, os ingredientes ativos terbutilazina e mesotriona agem com eficácia, em sinergia, sobre invasoras de difícil controle, segundo apuraram os estudos conduzidos pelo pesquisador, realizados na região de Palotina (PR).

“São moléculas que agora associadas em uma mistura de formulação equilibrada, têm sinergia e encaixe favorável no controle de invasoras difíceis do milho, como capim-pé-galinha, capim-amargoso, picão-preto, trapoeraba, caruru e outras que preocupam dentro do sistema soja-milho”, ressalta Albrecht. Segundo ele, suas pesquisas abrangeram milho verão e milho segunda safra.

“Picão-preto tornou-se uma planta complexa, resistente a outros herbicidas. Pensando em folhas largas, caruru e trapoeraba também trazem problemas ao milho”, ele continua. De acordo com o pesquisador, nos testes e pesquisas de Palotina e região, a mistura pronta de terbutilazina e mesotriona transferiu eficácia de controle de 90% a 100% dessas invasoras, entre outras.

Outros tratamentos-padrão, ele frisa, com herbicidas largamente empregados no país, aos quais invasoras de difícil controle adquiriram resistência, comparados à nova mistura pronta tiveram desempenho “próximo a zero em certos casos”. Em termos de produtividade, acrescenta o pesquisador, a mistura pronta de terbutilazina e mesotriona contribuiu ainda para colheitas superiores a 100 sacas por hectare nas áreas avaliadas.

“Obtém-se um milho mais limpo, com menos mato. É muito importante para o produtor ‘tirar o milho no limpo’, para depois a soja entrar num cenário mais tranquilo em relação a infestações de invasoras”, explica Albrecht. “Outra característica importante observada foi o fato de a mistura pronta de terbutilazina e mesotriona não causar ‘injúria’. Mostrou-se seletiva ao milho.”

Segundo o pesquisador, se não investir no manejo de invasoras do milho, sobretudo frente a ação de plantas de difícil controle, o produtor do cereal põe em risco a produtividade e a competitividade. “Já chegamos a quantificar a campo perdas de 80% a 90% do milho, em áreas não tratadas adequadamente com herbicidas”, alerta Albrecht. “Importante o produtor perceber que a contenção de daninhas não implica apenas custo, mas representa investimento em produtividade. Caro é ter o mato como adversário”, ele conclui.

Pré e pós-emergência e potencial produtivo

A mistura pronta de terbutilazina e mesotriona chegou ao mercado este mês após vários anos de pesquisas. A solução, do portfólio da companhia Sipcam Nichino Brasil, leva a marca comercial Click® Pro. Segundo a empresa, a nova tecnologia apresenta ação pós-emergente, conforme registro, além de ação residual (atividade pré-emergente) e conta com alta seletividade ao milho, sendo indicada ao manejo de monocotiledôneas e dicotiledôneas.

“Entrega controle superior de daninhas de folhas largas e gramíneas, com longo efeito residual na pós-emergência da cultura, inclusive sobre espécies de difícil controle resistentes ao glifosato e à atrazina”, reforça Eric Ono, engenheiro agrônomo, gerente de portfólio e cultivos da Sipcam Nichino.

“Além disso, reduz a dependência do agricultor no uso de outros herbicidas como glifosato ou glufosinato. A solução ajuda no manejo de plantas daninhas resistentes no sistema soja-milho, bem como protege o potencial produtivo do milho desde os estágios iniciais até o final do ciclo”, finaliza o executivo.

Fonte: Assessoria de Imprensa 



 

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